PUBLICIDADE

Vice-prefeito Sinop diz que empresa investigada pela PF não recebeu verbas

PUBLICIDADE

O vice-prefeito Aparecido Granja (DEM) concedeu entrevista coletiva, agora há pouco, dizendo que aguarda informações oficiais sobre os motivos da detenção do prefeito Nilson Leitão (PSDB), hoje. Granja destacou que os trabalhos continuarão normalmente, mesmo com muitas especulações. As informações repassadas até o momento são de possíveis irregularidades na licitação das obras do esgoto, que ainda não começaram, já que uma das empresas integrantes do consórcio Xingu, que venceu o processo licitatório, estaria envolvida em esquemas de fraudes. “Não temos nada de concreto. São boatos. Não temos nada dizendo que existe um culpado. Se houver depois nós vamos tomar nossas decisões”, acrescentou.

O vice lembrou que, até o momento, nenhuma verba foi liberado para a obra. A assinatura do contrato está marcada para o próximo dia 23, com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que aprovou a liberação de R$ 40 milhões. Granja declarou que ainda não foi comunicado sobre nenhuma decisão em relação ao projeto e vai aguardar o parecer do BNDES. “Houve licitação de forma transparente com todas as empresas. O consórcio ganhou. São duas empresas, a Corgem e a Gautama, quem participou da concorrência foram dez empresas, e elas foram as vencedoras. Não saiu ordem de serviço, não foi pago nada para essa construtora. Vamos querer saber o que realmente aconteceu”, afirmou. “Vamos continuar trabalhando, apensar desta situação, e tocando os projetos da prefeitura como vinha sendo feito na Saúde, Educação, Infra-estrutura, e outros setores normalmente”, garantiu.

A presidente da câmara, Sinéia Abreu, também concedeu entrevista, na prefeitura, e lembrou que na época da aprovação do projeto houve algumas discussões, mas os vereadores constataram que estava dentro das normas técnicas. Um outro projeto chegou a ser apresentado, com um valor muito menor. “Até o presidente José Pedro Serafini acabou votando a favor do projeto.. A situação do outro projeto, de R$ 27 milhões, era completamente diferente de Sinop, a metragem era menor, outro relevo, foi baseado em outro projeto, com a situação era diferente de Sinop”, argumentou.

Ela também destacou que já se reuniu com todos os vereadores para tratar o assunto e pediu apoio para não prejudicar a população. “Vimos isso com muita tristeza. Não atinge somente agentes políticos, mas toda a população. É o nome de Sinop que está envolvido. Pedimos para que mesmo sendo oposição ou situação pensasse, acima de tudo, naquilo que é importante para a população”, argumentou.

Além de Leitão, o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Jair Pessine, foi preso em São Paulo, além de outras 47 pessoas. A operação Navalha também foi desencadeada no Maranhão, São Paulo, Alagoas, Bahia, Goiás, Sergipe, Pernambuco, Piauí e no Distrito Federal.

Esgoto
O engenheiro Aripã Maurício Kalinowski encaminhou e-mail ao Só Notícias rebatendo as colocações da presidente da câmara sobre o projeto anterior, contratado pelo Legislativo apontando que, na época, “o projeto técnico na época não existia. Portanto, não havia como afirmar que foi um trabalho técnico, e, com base nos levantamento do serviço a ser feito pelo qual foi dado este valor (R$ 40 milhões). Eu mesmo fiz um projeto eu mesmo fiz o orçamento, contratado pelo então presidente da câmara, Pedro Serafini, com o qual chegamos a um valor de R$ 27 milhões”, pondera.

(Atualizada em 18/05 às 12:58hs)

Leia mais
Operação Navalha: prefeitos, empresários e ex-governador depõem nesta 6ª
Prefeitura divulga nota oficial sobre detenção de prefeito de Sinop
Ex-secretário de Desenvolvimento de Sinop é preso pela PF em São Paulo
PF encaminha Leitão a Brasília; Justiça investiga empresa que faria obra de esgoto
Prefeitos de Sinop, Camaçari, deputado e ex-governador presos em operação da PF

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE