Algumas operações do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) foram questionadas pelos prefeitos da região extremo Norte do Estado, onde a madeira é uma das principais atividades econômicas. A prefeita de Alta Floresta, Maria Izaura Dias, se reuniu com os prefeitos Orodovaldo Antônio de Miranda, de Carlinda, e Pedro de Alcântara, de Paranaíta, para discutir o assunto e devem tentar marcar uma audiência com deputados e senadores.
Um dos questionamentos, segundo a assessoria, é que os órgãos federais estariam se contrariando e afetando pequenos produtores e madeireiros. Casos de multas indevidas também estariam sendo denunciados na região, além do mau atendimento. Os prefeitos devem tentar marcar uma audiência com o deputado Homero Pereira, que é titular da comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) no Congresso, e pedir apoio para resolver a situação.
Outro lado
O supervisor da regional do Ibama em Alta Floresta, Rodrigo Dutra da Silva, disse que ainda não foi informado sobre a decisão dos prefeitos e que os atendimentos estão normalizados no escritório de Alta Floresta. Segundo ele, o órgão recebeu algumas reclamações sobre os valores as mulas, que são muitos pesados, e que não teriam condições de entrarem na legalidade. “A lei pode ser rígida, mas o Ibama só a cumpre, não formula. O atendimento está sendo normal, inclusive com pouca procura para explicações e orientações”, argumentou.
Dutra também alertou que no município também funciona uma base operativa de combate ao desmatamento e que as ações vão ser intensificadas durante o ano. No ano passado, o instituto autuou 269 madeireiras por crimes ambientais, resultando R$ 77 milhões em multas. Só de área desmatada registrou 38.026,47 hectares.