O senador Jaime Campos (DEM) deve fazer um pronunciamento, esta semana, no Senado, onde pretende rebater o pedido da procuradoria da República no Estado e da Justiça Federal para que o Supremo Tribunal Federal lhe investigue sobre suposto tráfico de influência em favor da ex-tabeliã Helena Jacarandás, presa pela Polícia Federal sob acusação de registro de títulos de fazendas falsos, na região de Barra do Garças. Outras 30 pessoas foram presas no Estado, em Goiás e São Paulo. O nome do senador aparece numa gravação de conversas telefônicas entre a corretora de imóveis Lucélia Parreira e a ex-funcionário de cartório Maria de Lourdes.
O trecho da gravação consta no pedido feito pela Justiça para o STF investigar o senador.
Maria de Lourdes: “Qual será que foi o político forte que…? (interrompida)”
Lucélia “O Júlio Campos”
Maria de Loures: “Ahn?”,
Lucelia: “O Jaime Campos, que ele é senador. (…) Ele que conseguiu”
Jaime disse, a um jornal da capital, que não sabe “nem o caminho para o Superior Tribunal de Justiça. Não posso permitir um negócio deste, envolvendo meu nome, por causa de uma ligação telefônica. Eu desconheço este esquema e não tenho envolvimento algum”, disse, ao defender-se da acusação. O senador admitiu conhecer Helena Jacarandá, mas nega ter feito algo para ajudá-la.
Uma filha da ex-tabeliã seria funcionária do gabiente de Jaime Campos, em Brasília.
O senador admitiu que também poderá acionar a Corregedoria da Justiça Federal para pedir providências quanto a solicitação para que seja investigado.
O caso de fraudes que funcionava no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis, de Barra do Garças, com ramificações em Água Boa, em Goiás e São Paulo resultou, na sexta-feira, na “Operação Lacraia”, da Polícia Federal, com 30 presos.
Os documentos de fazendas eram forjados e usados posteriormente para obtenção de empréstimos bancários.
Em uma chácara, em Barra do Garças, foi encontrado um cartório clandestino.
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