Duas empresas trabalharão na execução das obras de esgoto em Sinop, que devem iniciar em um mês. O prazo foi anunciado agora há pouco, pelo prefeito Nilson Leitão, durante a assinatura do convênio com as empreiteiras – a Cogente, de Campinas (SP) e Gautama, de Salvador (BA). Os recursos, R$ 38,2 milhões, já foram garantidos pelo Ministério das Cidades e serão liberados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por etapas, de acordo com o plano de trabalho. A prefeitura também entrará com a contrapartida de R$ 13,7 milhões, que poderão sair de um projeto de suplementação orçamentária. “É uma luta desde 2005. Encaminhamos o projeto para a câmara, deixamos de ser beneficiados num primeiro momento porque só foi aprovado em novembro. Em 2006, por ser ano eleitoral, criaram muitas dificuldades para liberar e a prefeitura precisou se enquadrar em todas as exigências do BNDES, Ministério da Cidades e Tesouro Nacional”, disse Nilson.
Nesta etapa, serão construídos 165 km de rede coletora, interligando 7.566 domicílios entre as avenidas Palmeiras-Tarumãs (Norte-Sul) e Jacarandás-Itaúbas (Leste-Oeste), além de parte dos bairros Jardim das Palmeiras, Imperial e do Jardim Maringá, equivalente a 40% da cidade. “É o quadrilátero principal da cidade onde já está a maior parte do comércio”, destacou Leitão. Inicialmente serão abertas as valas para construção da rede. A estação de tratamento será construída ao longo do córrego Iva, já projetada para atender 100 mil pessoas.
O diretor presidente de uma das empresas do consórcio, Elpídio Alves Pinheiro, destacou que a obra deve empregar cerca de 450 pessoas. Nos primeiros meses serão 200. “Sinop tem uma topografia muito plana e há necessidade de uma abordagem diferenciada. Inicia com no mínimo dois metros e o máximo, que pode prever a segurança da obra é 4,5 metros. Sendo assim vai ser necessário fazer por etapas. A rede necessita de caimento, se fossemos fazer sem estações intermediárias seria necessário escavações de até 10 metros de profundidade”, explicou. Ele acrescentou que também será feita a ligação de fossas que existem hoje na cidade.
O usuário não pagará pela ligação e a taxa do serviço é de 90% do valor da tarifa de água, que deve ficar em menos de R$ 10, dependendo do consumo de água em cada residência. O projeto técnico indica que a obra vai gerar uma receita de cerca de R$ 1,6 milhão ao ano para a prefeitura.
Fundada há 34 anos, Sinop tem 120 mil habitantes e ainda não tem rede de esgoto. A obra proporcionará maior qualidade de vida para a população reduzindo, principalmente, muitas doenças com a destinação correta de esgotos.
Também participaram da solenidade de assinatura de contratos, no parque florestal, a presidente da câmara, Sinéia Abreu, suplente de senador e presidente da Associação Médica de Sinop, Jorge Yanai, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Afonso Teschima Junior, o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACES), Luiz Otávio de Carvalho, o superintendente do Indea, José Carlos Balbo, diretor do SAAES, Valdir Sartorello, o diretor da Sema, Paulo Winter, o presidente da Codenorte, Antonio Marangoni, vereadores, secretários, empresários e demais lideranças.