O secretário de Governo da Prefeitura de Peixoto de Azevedo, Antenor Santos (foto, à esquerda) acaba se entregar na delegacia municipal. Ele está com prisão temporária decretada desde sexta-feira, acusado de desvio de patrimônio público. Na sexta, o GAECO- Grupo de Combate ao Crime Organizado-, do Ministério Público, prendeu os secretários Paulo Missassi, de Fazenda, e Edmar Heller, de Administração, sob a mesma acusação. A prefeitura foi fechada, diversas notas fiscais falsas foram apreendidas, além de 40 carimbos de empresas -algumas delas de outros Estados- que estavam no departamento de contabilidade para forjar licitações, segundo a promotoria.
O advogado de Antenor comunicou o promotor Adriano Alves que ele se entregaria no final de semana. Mas a apresentação acabou sendo definida para hoje. Antenor vai prestar depoimento e responderá algumas acusações. Uma delas é de Aldo Leite, ex-funcionário de uma gráfica, que confessou que entregava mensalmente, na prefeitura, de R$ 12 a R$ 16 mil, proveniente de fraudes com notas fiscais falsas de produtos e serviços que não eram vendidos ou prestados. O promotor Adriano Alves disse que Leite confirmou ter feito os repassos para Antenor e para Paulo Missassi, mas não revelou como era feita a divisão do mensalão. Leite é apontado como operador do mensalão.
Após ter acesso a movimentação das contas da prefeitura e de duas contas movimentadas por Aldo Leite, que continua preso (bem como Edmar Heller e Missassi),o MP avalia que o mensalão foi de aproximadamente R$ 300 mil. O promotor acredita que as fraudes na prefeitura peixotense iniciaram em 2005 e chegariam a R$ 2 milhões.
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