O presidente da Câmara Municipal de Nortelândia, Luiz Garcia Taborda (PPS), solicitou, ontem à noite, força policial para retirar de plenário o vereador Paulo César da Silva (ex-PL), que havia desobedecido a sucessivas ordens da presidência para manter a ordem, após subir a tribuna e fora da pauta, ofender o prefeito municipal, Vilson Ascari (PP), o vice-prefeito Antônio Xavier Meira (PSDB), o vice-presidente da Câmara, Vagnir Barbosa Batista (sem partido) e o próprio presidente da casa.
Paulo César da Silva é um vereador polêmico e não é a primeira vez que causa tumulto numa sessão do legislativo. Inclusive já foi parar na delegacia pela acusação de ter agredido o secretário Municipal, Ruberley Gomes de Resende, na sede da prefeitura. Os dois acabaram entrando em luta corporal. Ruberley Gomes de Resende acabou sofrendo fratura no ombro direito e já passou por duas cirurgias de reparação.
O vereador Paulo César da Silva, de dedo em riste para o prefeito, Vilson Ascari e seu vice, Antônio Meira, que assistiam à sessão da mesa diretora, foram desacatados, o que provocou a reação do vice-presidente da casa, Vagnir Barbosa Batista, que presidia a sessão interinamente, exigindo respeito e que o parlamentar se ativesse a matéria em discussão. O vereador insistiu aos gritos e murros na tribuna. O prefeito Vilson Ascari não gostou das ofensas e se levantou da mesa, quando se deu inicio a um tumulto, que foi contido por vereadores, assessores e populares. O presidente reassumiu a sessão e pediu ordem no plenário, solicitando que o vereador deixasse a tribuna ou mantivesse seu pronunciamento tratando da matéria em discussão, o que não foi atendido. Luiz Garcia suspendeu a sessão, e os vereadores da situação deixaram o plenário, com Paulo César que continuava gritando. “Só saio dessa tribuna morto, daqui ninguém me tira e se eu não falar, vou voltar aqui nas próximas sessões…..” dizia ele.
Após várias tentativas, inclusive de seus colegas de bancada, de retirá-lo da tribuna para que a sessão prosseguisse, o chefe do poder legislativo solicitou a presença da Polícia Militar para que o vereador fosse retirado do plenário, o que acabou não acontecendo, sendo necessário que fosse acionado reforço policial da cidade vizinha, Arenápolis. “Só saio daqui morto ou preso” respondia ele aos policiais. Momentos depois, Paulo César, acabou saindo acompanhado pela policia, sem que houvesse necessidade de uso de força, e foi encaminhado para a delegacia onde foi registrada a ocorrência. Paulo César da Silva permaneceu por cerca de quase três horas detido, prestou depoimento e foi liberado.
Luiz Garcia Taborda disse que não vai permitir que seja feita baderna no recinto da câmara e que a pauta deve ser seguida pelos parlamentares, que devem também respeitar as autoridades e principalmente os colegas. “Não vou permitir que se faça anarquia e quantas vezes julgar necessário solicitarei reforço policial para conter qualquer tumulto que alguém tente causar”, anunciou ele.
Paulo César da Silva deixou a delegacia acompanhado do seu advogado, Lussivaldo Fernandes da Silva e dos vereadores Sérgio Vasconcelos de Souza, Mário Duarte e Aníbal de Oliveira, sem falar com a imprensa.
O prefeito Vilson Ascari e o vice Antônio Meira, também não quiseram falar com a imprensa e prometeram para um pronunciamento para esta terça-feira.