O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que se encontrará hoje, no gabinete do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), com o senador José Agripino (RN), candidato do PFL à presidência da Casa. Em conversa com os jornalistas, Renan disse que o Senado quer um candidato de consenso, não disputas.
– A tradição no Senado é a convergência, ou seja, o direito de a maior bancada indicar o candidato a presidente. Então, até a última hora, eu tenho que buscar a concretização desse direito e é o que estou fazendo – afirmou Renan.
Questionado por um repórter sobre uma possível decepção com a candidatura de José Agripino, visto que PFL e PSDB foram seus aliados nos últimos dois anos em que presidiu a Casa, Renan negou esse desapontamento.
– Entendo como natural, é do processo político. Eu acho que o efetivo na vida é o afeto. Eu tenho me pautado por isso. E essa conversa que terei com Agripino não será efetivamente para buscar a retirada de ninguém. Será uma conversa de adultos, de pessoas civilizadas, de amigos, de pessoas que se dão muito bem, para, se não chegarmos a lugar algum, chegarmos pelo menos à definição dos procedimentos da eleição – adiantou o presidente do Senado.
Renan lembrou que o Senado é uma Casa composta por ex-ministros, ex-governadores, ex-prefeitos de capitais – todos quadros políticos respeitáveis. Daí por que, na opinão do senador, não dá para fazer prognóstico sobre a eleição para a presidência da Mesa.
– Eles é que vão decidir. Tanto que vou civilizadamente fazer uma visita ao senador José Agripino, que entendo ser um grande quadro da vida nacional e conversar pelo menos sobre os procedimentos da eleição – reafirmou Renan Calheiros