Outra votação que chegou a ser aguardada com bastante interesse e acabou frustrando a todos foi das contas da Defensoria Pública, ocupada por Karol Rotini que chegou a ser apontada pelo Ministério Público com mais de 58 irregularidades, parecer que não foi modificado, mas acabou desconsiderado pelo conselheiro Alencar Soares e pelos demais colegas que votaram pela aprovação com unanimidade.
Alencar Soares apontou em seu parecer que mesmo havendo deslizes, nenhuma das falhas encontradas resultou em prejuízo, crime, dolo ou má-fé da gestora que apesar de reeleita pela categoria foi preterida pelo governador Blairo Maggi (PR) que nomeou o segundo mais votado, Djalma Sabo Mendes, que assume em janeiro.
A única falha considerada grave pelo conselheiro-relator, foi o pagamento das anuidades da OAB pela Defensoria em nome dos profissionais, ou seja, como advogados, os defensores devem pagar anuidade para a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, mas não poderia fazê-lo com dinheiro público, como aconteceu.
Essa situação levou o conselheiro a aplicar multa no valor de R$ 39,4 mil que deverão ser recolhidos pela própria Karol Rotini. Este valor é o mesmo destinado ao pagamento das anuidades.
O procurador Mauro Delfino César não alterou seu parecer e confirmou a manifestação contrária, que poderá pesar numa eventual representação por parte do Ministério Público, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.
A defensora se limitou a dizer que “fiz essa defesa para deixar claro que não há qualquer ato de desvio ou má aplicação de dinheiro público na Defensoria”, afirmou.