O secretário de Estado do Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, secretários estaduais da pasta da Amazônia Legal e o diretor-geral do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), Marcelo Lopes, assinaram na sexta-feira, em Brasília, o plano de trabalho para estruturar a Rede de Processamento de Imagens e Informações Geográficas (Repig). A partir disso, os técnicos deverão iniciar as suas atividades de operacionalização da rede, montando uma espécie de Google Earth da Amazônia. A expectativa é que a Repig possa estar funcionando para os Estados e a população ainda em 2009.
“A assinatura do plano significa que estamos avançando nesse processo de construir políticas em parceria”, disse Lopes. O
secretário de Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso, Luis Henrique Daldegan, também ressaltou que a Repig “reforça e aprimora a relação institucional dos governos”. Para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Acre, Eufran Ferreira do Amaral, a Repig fortalecerá a gestão dos Estados da Amazônia Legal. “Além de compartilharmos informações, estaremos produzindo conhecimento”, argumentou.
O plano de trabalho foi definido em outubro, na última reunião do comitê gestor. O documento estabelece a capacitação conjunta dos técnicos em geotecnologias e até março de 2009 a definição dos parâmetros para os requisitos tecnológicos de funcionamento da rede. Além disso, será criado um fórum virtual entre os Estados e o Sipam e, já foram marcadas as reuniões do conselho consultivo para os meses de junho e novembro. No plano também ficaram definidas reuniões periódicas nos Centros Regionais do Sipam de Belém, Porto Velho e Manaus e ainda a busca de apoio financeiro estadual, federal e internacional para pesquisa e desenvolvimento da rede.
Constam ainda no documento as informações que serão espacializadas nesse banco de dados da Repig, que o usuário poderá com facilidade acessar, como: universidades e centros de pesquisa e escolas; infra-estrutura de transporte (malha viária, ferrovias, aeroportos, aeródromos cadastrados, portos, hidrovia, ancoradouros); comunidades (sedes municipais e limites administrativos); energia elétrica (inventários e linhas de transmissão e distribuição); barragens (massa d´água); dutos (oleodutos, gasodutos); unidades de conservação; terras indígenas; mapas topográficos (altimetria); limite de bacias hidrográficas; rede hidrográfica; mineração e bacias hidrográficas.
O comitê gestor da rede, formado pelos 9 Estados e os técnicos do Sipam, vem desde o início do ano discutindo a construção dessa rede de informações. Ela nasce da necessidade demonstrada pelos Estados da Amazônia por informações georreferenciadas e imagens, cada vez mais necessárias para a tomada de decisões estratégicas para o desenvolvimento social e econômico da região, além de ajudar no monitoramento das transformações ambientais na região. Com essas informações, será mais fácil planejar nvestimentos e desenvolver políticas públicas estaduais e federais que promovam o desenvolvimento sustentável e a proteção regional.
Estiveram presentes a solenidade e assinam o documento na sexta-feira no Sipam em Brasília, a coordenadora de Geoprocessamento ( Sema/AP), Ana Corina Maia Palheta; Eraldo Aparecido Erondoli Matricardi , Engenheiro Florestal do Sedam/RO; Regina Sônia Botelho Martins – Superintendente de Planejamento e Gestão – Seplan/TO; Eufran Ferreira do Amaral – Secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais – Sema/AC ; Nádia Cristina D’Ávila Ferreira – Secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SDS/AM; Raimundo Costa Filho; Diretor de Monitoramento e Controle Ambiental da Fundação Estadual do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia Femact/RR e Luis Henrique Chaves Daldegan – Secretário de Estado do Meio Ambiente – Sema/MT.