O delegado adjunto da Receita Federal em Cuiabá, Paulo Eduardo Borges, foi um dos detidos hoje pela Polícia Federal de Mato Grosso na Operação Vulcano. Borges prestou depoimento acompanhado do advogado Francisco Faiad, presidente da OAB em Mato Grosso. Faiad disse que seu cliente desconhece os motivos de sua detenção.
A Justiça Federal mandou prender 22 acusados de fraudes em exportações de insumos para produzir cerveja e pneus. 17 foram localizados pela Polícia Federal em Mato Grosso e 5 estão foragidos.
Segundo o diretor-executivo em exercício da PF, delegado Rômulo Berrêdo numa das residências dos investigados, em Mato Grosso, foram apreendidos R$ 500 mil. Em outra, em Campo Grande, foram apreendidos R$ 200 mil, mesma quantia encontrada em uma casa no Rio de Janeiro. Mais R$ 20 mil foram apreendidos em uma casa em Cuiabá e R$ 30 mil em São Paulo. “Apreendemos também um pequeno avião em Maringá [Paraná]”, disse o delegado.
A operação Vulcano também foi feita em mais 7 Estados com 88 prisões -incluindo diversos funcionários da Receita Federal e empresários. As fraudes podem chegar a R$ 600 milhões. As empresas declaravam que exportavam os produtos, mas eram vendidos no país com preço 20% de mercado, causando concorrência desleal e fraude em impostos como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e contribuições Sociais incidentes sobre as receitas decorrentes de exportação (Cofins, CSLL e PIS). O esquema também se aproveitava de imunidade tributária do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) de transporte interestadual e intermunicipal.
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