O governador Blairo Maggi já assimilou as derrotas em Cuiabá e Rondonópolis, nas eleições municipais deste ano, mas mantém sua posição como cacique do PR e enxerga um cenário ruim para os próximos quatro anos. Os prognósticos do governador são direcionados principalmente para o seu reduto eleitoral, onde o peemedebista José Carlos do Pátio foi eleito prefeito vencendo Adilton Sachetti (PR), que contava com o apoio do governador. Para Maggi, o povo escolheu errado e infelizmente vai sofrer nos próximos anos. “O povo escolheu o Zé Carlos, mas ele não tem preparo para administrar, o perfil dele não é o executivo, lamento pela minha cidade”, enfatizou.
Blairo garantiu que não vai ter nenhuma relação política com o prefeito eleito de Rondonópolis, porém disse que continua ajudando o município com recursos, assim como diz estar fazendo com todas as cidades de Mato Grosso. “Não vou ter relação política com o Zé. Politicamente é ele de um lado e eu do outro. Mas vou continuar ajudando Rondonópolis”, disparou o governador.
Ainda falando sobre o pós-eleição 2008, Blairo Maggi não considera uma derrota, o resultado do segundo turno em Cuiabá, onde Wilson Santos (PSDB) se reelegeu prefeito vencendo o empresário e afilhado político do governador, Mauro Mendes. Maggi enxerga a frente sem esquecer o passado recente do cenário político mato-grossense.
“Todo mundo canta de galo, mas quem venceu foi o Mauro, foi o PR. Nossa legenda conquistou um espaço significativo na capital, coisa que não tínhamos antes, então o PR saiu fortalecido”, analisa Maggi, já pensando nas eleições de 2010. O governador afirma que a vitória do PSDB em Cuiabá não foi mais que uma obrigação dos tucanos. “Era uma obrigação. Eles não ganharam nada, apenas mantiveram o já tinham”.
Xadrez Político – Maggi informou que no momento está confirmada somente uma mudança no seu staff, na Casa Militar. Sai o Coronel da Polícia Militar, Orestes Teodoro de Oliveira e entra o atual chefe de gabinete de Maggi, o Tenente Coronel, Alexander Maia. Por enquanto é só isso, mas nos bastidores do Palácio Paiaguás é forte o comentário de que outras mudanças estão por vir. O governador está estudando outra mudança de planos. Blairo pode não deixar o governo do estado um ano antes do término do seu mandato, no dia 31 de dezembro, o que pode provocar mais mudanças no projeto político do PR.