A primeira medida tomada pelo governo estadual como forma de combater os índices de criminalidade em Sinop será aumentar o efetivo da Polícia Civil. A promessa foi feita hoje pelo secretário adjunto de Assuntos Estratégicos, Alexandre Bustamante que esteve reunido juntamente com o secretário adjunto de Segurança Pública, coronel Antônio de Morais, o prefeito Nilson Leitão, o deputado Dilceu Dal Bosco, a presidente da câmara Sineia Abreu, o promotor Marcos Bulhões, a cúpula da PM, polícia civil, o delegado da Polícia Federal, Paulo Maurício de Melo e o presidente do conselho de segurança, carlos Henrique. “O município receberá medidas de segurança emergenciais e a primeira será destinar 50 investigadores de polícia para a região”, disse, ao Só Notícias. “Ainda não sabemos quantos ficarão em Sinop, mas a segurança na cidade será reforçada com policiais que estão em formação (novatos)”, completou. Bustamante declarou que medidas a médio e longo prazo também serão tomadas. “O governo vai implementar em Sinop operações para que a sensação de segurança aumente, inibindo a criminalidade”, acrescentou.
A situação fica ainda mais crítica no Nortão e no Estado devido a greve dos policiais, por melhores salários, iniciada semana passada. O reajuste no piso, que passaria de R$ 1, 4 mil para R$ 1,6 mil não foi aceito pelo sindicato que cobra piso mínimo de R$ 2, 5 mil.
De acordo com o prefeito Nilson Leitão, a presença dos secretários adjuntos mostra atitude do governo para conter a escalada da violência. “Demonstrou de forma clara que há uma mudança no conceito da segurança. Mesmo sabendo que o Estado está com pouco efetivo, acredito que o que foi decidido no encontro poderá refletir de forma positiva para melhorar a segurança do município”, diz.
Os representantes do governo ficarão em Sinop até quarta-feira. Esta tarde, se reúnem com delegados e comandantes da PM. Amanhã, participam de audiência pública, às 9h, na câmara para debater a segurança. Conforme estatísticas da Polícia Civil, o número de assassinatos em Sinop, entre janeiro e ontem, chegou a 27, sendo maior que o registrado durante todo o ano de 2007 quando foram 25 casos. A polícia não informou quantos inquéritos de assassinatos este ano foram concluídos com envolvidos sendo presos.
Outro fator preocupante é a crescente onda de assaltos a mão armada, com famílias sendo humilhadas e trancadas por bandidos em suas residências enquanto assaltam.