As demissões de servidores da Prefeitura de Sorriso não deve reduzir o ritmo de atendimento na Secretaria de Saúde. A afirmação foi feita ao Só Notícias, pelo secretário de Administração, Eugênio Ernesto Destri. “O atendimento de saúde básico à população, feito no âmbito municipal, não sofrerá grandes alterações”, confirma o secretário. “O desligamento junto à Adesco, dos profissionais de saúde, corresponde ao complemento que o município faz aos serviços de responsabilidade do Estado”, esclarece.
Os desligamentos prosseguirão com as demissões de servidores comissionados e, dos contratados por meio da Cooperativa de Prestadores de Serviços de Sorriso (Cooperserv’s) e da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social do Centro-Oeste (Adesco). Da semana pós-eleição, até ontem, de acordo com Destri, foram desligados 352 servidores, sendo, 254 da Coopserv’s, 53 comissionados e 45 da Adesco. “É um procedimento normal e que atende à Lei de Responsabilidade Fiscal. Não podemos terminar o mandato com restos a pagar. No contrato com a Coopeserv’s existe cláusula que prevê essas adequações”, disse. “O prefeito eleito poderá a partir de janeiro, se assim enteder, realizar novos contratos de prestação de serviço” completa.
O prefeito Dilceu Rossato, conforme Só Notícias já informou, deve demitir até dezembro todos os servidores com cargos de confiança nas diferentes funções, pretendendo entregar a administração somente com servidores concursados. O total de pessoas que serão afastadas até 31 de dezembro ainda não é confirmado. Normalmente, os prefeitos que concluem mandatos exoneram servidores em cargos de confiança – secretários, coordenadores, chefes de departamentos e outros- para que o prefeito eleito nomeie sua equipe.
Segundo Destri, quando Rossato assumuiu, em 2004, os servidores via contrato com a cooperativa não chegavam a 200 e, até o mês passado, eram mais de 500. “Incrementamos mais de 150% o número de contratados junto à Cooperserv’s, melhorando consideravelmente o atendimento à população”, informa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Irton Arenhardt, o sindicato não pode fazer nada para impedir as demissões dos servidores ligados a Cooperserv’s e Adesco. “Lamentamos o que está acontecendo, mas os funcionários da cooperativa não são sindicalizados. Os que assinaram esse tipo de contrato de trabalho estavam cientes que poderia acontecer essa situação”, diz.