O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Eder Moraes, afirmou, nesta quinta-feira, que a crise de crédito nos EUA desencadeia um efeito cascata com desdobramentos negativos nas Bolsas de Valores por todo o mundo, e no Brasil, não será diferente. Segundo ele, no Brasil houve um grande esforço do Governo Federal e das instituições no sentido de capilarizar os investimentos na Bolsa.
“Buscaram atrair o pequeno investidor, especialmente por meio de incentivos à utilização do FGTS, no caso da venda de ações da Petrobrás e outras grandes empresas nacionais, permitindo que os funcionários dessas grandes empresas pudessem se sentir também um pouco donos e patriotas, mantendo a auto-estima e sentimento de soberania nacional. O alerta fica para aquelas empresas nacionais que, por erro de planejamento, estão perdendo patrimônio, visto que a recuperação será mais lenta”, analisou Eder Moraes.
Para o secretário de Fazenda, na medida em que as ações na Bolsa começam a cair ou desvalorizar, cria-se um clima de pânico nesses pequenos investidores, muito propensos a erros de estratégia, principalmente quando tentam vender essas ações no momento de baixa. As aplicações na Bolsa pressupõem o desejo de aplicar ou investir a longo prazo, pois os ganhos poderão ser representativos na média anual ou períodos.
“É natural a volatilidade do mercado, sempre foi assim, portanto, recomendo que aqueles que estão com investimentos já feitos aguardem o melhor momento para reinvestir ou vender sua posição. Com certeza, o mercado vai encontrar o eixo da normalidade”, avalia o chefe da Fazenda Estadual.
Eder Moraes acredita que essa crise foi um duro golpe na estratégia de atração de pequenos investidores nas Bolsas de Valores nacionais, que diante do quadro atual preferem aplicar em modalidades mais seguras como poupança, CDB, fundos, entre outros, e há uma pretensão natural de migrarem para bancos oficiais.
“O Sistema Bancário Nacional está seguro e passará incólume pela crise, dada a posição de conforto de alavancagem das nossas instituições, salvo raríssimas exceções. É bom o pequeno investidor e demais investidores avaliarem bem a saúde financeira da instituição que escolheu para aportar seus recursos”, finaliza o secretário.