O procurador-chefe da República em Mato Grosso e procurador regional eleitoral junto ao Tribunal Regional Eleitoral, Gustavo Nogami, disse que a principal atuação do Ministério Público Eleitoral não está apenas centrada nas impugnações de candidaturas e cassação aos políticos que não respeitaram o que é público. E sim na conscientização do povo, seja através da Imprensa ou das próprias ações impetradas, para que se tenha um processo democrático, transparente e uma igualdade de condições entre os que pleiteiam uma função pública, que nada mais é do que trabalhar pelo povo, pela cidade, pelo Estado e pela Nação.
“Não temos uma meta, apenas exigir o controle da lei, sendo que ela ao longo dos anos se tornou mais rigorosa, no que foi acompanhada pelo MPE, que também age com rigor para impedir aqueles que não são preparados de assumirem uma função pública delegada pelos eleitores”, explicou.
O procurador ponderou que “o papel do MPE por vezes nos traz um sentimento de impossibilidade”, sinalizando como um procurador se sente quando tenta e não consegue impedir uma candidatura, já que a decisão final compete à Justiça, que julga dentro da lei, que está cheia de lacunas, “mas, nossa missão será recorrer até às últimas instâncias”, pontuou.
Gustavo Nogami lembrou que cada ação repassa à população a necessidade de um pleito sem abusos, sem a interferência do poder econômico e político. “Tenho a convicção e a certeza de que a sociedade tem o principal papel (leia-se voto) para impedir os maus políticos, e cabe a nós esclarecer a todos o que existe de errado para que se possa filtrar e não permitir que cheguem ao poder público os sanguessugas e mensaleiros”, diz. Ele aponta que além da Imprensa, deposita confiança nas Organizações Não-Governamentais (ONGs), em associações e principalmente nos partidos que são ótimos fiscalizadores dos outros partidos, dos demais candidatos e que propiciam muito embasamento para as ações.