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Presidente da Assembléia ignora advertência de Blairo e diz que não apoiará Mauro

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Parece que de nada valeu a reunião do Partido da República na noite de segunda-feira e que tinha como objetivo forçar o deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo, entrar de corpo e alma na campanha do empresário candidato Mauro Mendes. O parlamentar esteve no encontro, ouviu os apelos de seus pares, a dura bronca dada pelo governador Blairo Maggi, riu bastante e saiu do encontro deixando bem claro que não vai apoiar Mauro Mendes. Mais que isso: afirmou que não transfere votos e quem quer voto tem de ir atrás, não pode ficar esperando de mão beijada.

O encontro da alta cúpula do partido foi toda ela direcionada a Sérgio Ricardo. Tanto o governador Blairo Maggi quanto o presidente do PR, Moisés Sachetti estavam empenhados em forçar o presidente da AL a ajudar na campanha de Mauro Mendes, que ainda não conseguiu decolar está patinando. Maggi chegou a reunião batendo duro, afirmando que fidelidade partidária é coisa séria e que quem não estiver engajado hoje na campanha para prefeitos e vereadores não conseguirá realizar seus projetos futuros e nem mesmo ter o apoio do partido para suas reeleições. Sachetti foi outro que enfatizou a necessidade de se manter a fidelidade total.

As ameaças, as broncas, os apelos não surtiram efeito. O presidente da Assembléia Legislativa deixou a reunião afirmando que é fiel ao partido, como é fiel ao seu clube de coração, o Palmeiras, mas que não vai subir no palanque de Mauro Mendes e muito menos vai sair às ruas pedindo votos para o candidato, que lhe tirou a chance de disputar a prefeitura de Cuiabá.

Não escondendo a irritação por ter sido preterido do processo Sérgio Ricardo afirmou que está atarefado com a presidência da Assembléia Legislativa e que está estendendo sua base eleitoral para o interior do Estado onde conquistou 10.033 votos dos 32.615 eleitores que lhe garantiram a eleição para a Assembléia Legislativa – em Cuiabá teve 22.582 votos -, o que não lhe rende tempo para engajar de corpo e alma na campanha do empresário Mauro Mendes. “Eu nunca disse que estaria estremecido com o partido. Também nunca ouvi nenhuma matéria ou nenhuma declaração do partido sobre questão de fidelidade partidária. Sempre digo que pertenço ao PR, que estou no PR e que sou fiel ao partido”, declarou.

O parlamentar justificou que vem encontrando dificuldade para se dedicar a campanha de Mauro Mendes, devido a seu trabalho na presidência da Assembléia Legislativa. “Não estou tendo tempo para me dedicar a campanha de quem quer que seja”, disparou, ressaltando que tem uma base eleitoral pequena no interior e que precisa ser atendida, ter atenção especial. “Não posso deixar de atender o interior, de estar fazendo visitas. Estou ampliando meus horizontes em todas as regiões do Estado”, justificou.

Com relação a campanha em Cuiabá, o parlamentar disse que estão dando muito mais importância do que ele tem na Capital e deu um aviso duro para a cúpula do partido e para o candidato Mauro Mendes. “A candidatura do PR tem que ir para a rua e pedir voto. Não deveriam estar preocupados comigo, não tenho toda esta importância”, comentou.

O presidente da Assembléia Legislativa disse ainda não acreditar em transferência de votos e disparou: “Quem quiser voto tem de correr atrás e conquistá-lo”.

Indagado sobre as duras ameaças do governador Blairo Maggi de quem não ajudar agora não terá o apoio do partido no futuro, Sérgio Ricardo disse que o tempo do cabresto e rédeas curtas fazem parte do passado. Segundo ele, o tempo agora é de convencimento e conquistas e que nestas eleições é preciso entender que a palavra de ordem é conquistar as pessoas, os eleitores, mostrar propostas.

Afirmando que um “pingo é letra” e que está no PR e que trabalha pelo PR, o parlamentar aproveitou para defender a flexibilidade dentro do partido disse que vai continuar trabalhando mais no interior. “Vou ajudar as pessoas que me ajudaram a chegar na Assembléia Legislativa. São cabos eleitorais e pessoas que vão disputar cargos para vereador. Não me importa se estão em outros partidos. Não posso abandoná-los”, enfatizou.

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