O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaff, anunciou hoje (12) a criação de uma “cruzada” contra a aprovação da Contribuição Social sobre a Saúde (CSS). A proposta do tributo, que substituirá a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), foi aprovada ontem (11) na Câmara dos Deputados e, agora, vai à votação no Senado.
“A partir de hoje, vamos trabalhar fortemente no Senado. Estou confiante que essa contribuição morrerá rapidinho”, afirmou Skaff. Ele registrou, ainda que, o governo federal vem registrando seguidos aumentos de arrecadação, o que propiciam uma fonte de financiamento à saúde.
Skaff participou de debate sobre a reforma tributária, no Congresso da Indústria, que se realiza em São Paulo. No evento, empresários criticaram a aprovação, pela Câmara, da proposta que cria a CSS. “É um absurdo já que o governo enviou ao Congresso um projeto de reforma tributária que visa acabar com todas as contribuições”, disse o empresário José Gerdau Johanpetter, do Grupo Gerdau.
“A carga tributária não pode crescer mais”, completou Gerdau.
Os senadores Paulo Bornhausen (DEM-SC) e Athur Virgílio (PSDB-AM), que estiveram no evento, também criticaram o projeto do novo imposto e afirmaram que a matéria não passará no Senado. “Vamos derrubar no Senado a criação da CSS”, afirmou Bornhausen. “Não passa. Não passa. Não passa de novo”, afirmou Virgílio, lembrando que foram os senadores quem votaram pela extinção da CPMF neste ano.
Na época, a Fiesp também encabeçou uma campanha pelo fim do tributo.