“Minha permanência não estava mais agregando”. Essa foi a justificativa da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva para a saída do cargo. “Percebi que as pedras não estavam mais se movendo e quando as pedras não se movem, é preciso fazer algo para que elas se movam”, acrescentou a ex-ministra que concede entrevista coletiva neste momento para explicar as razões de ter deixado pasta na última terça-feira.
Em relação ao novo ministro Carlos Minc, Marina Silva defendeu que a posição mais correta a ser seguida é a de “manter as conquistas e não retroceder”. Se o pensamento for esse, “já é um bom sinal”, segundo ela.
A ex-ministra descartou a possibilidade de deixar o PT. Afirmou que sua trajetória se funde à do partido. Argumentou que, apesar de ter se filiado apenas em 1985, participou ativamente da fundação da sigla, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Então, a trajetória do PT e minha trajetória é um casamento”, acentuou.
Marina Silva também negou a possibilidade de concorrer ao governo do Acre. “Fui incitada a ser candidata [na última eleição], mas entendi que a minha melhor contribuição era ficar no ministério. Com certeza, não seria candidata, sou senadora e claro estou avaliando se, de fato, vou buscar a reeleição [ao Senado].