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CNJ julga hoje “pacto” do Judiciário e governo em ações fiscais em MT

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá apreciar nesta terça-feira a representação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso contra o “pacto” assinado entre o Governo do Estado e o Poder Judiciário para acelerar a apreciação das ações fiscais, na qual seriam recolhidos, sobre o valor da causa, 20% para administração do Tribunal de Justiça. O “monstrengo jurídico”, como foi classificado pelo presidente da OAB, Francisco Faiad, tem como relator o conselheiro Técio Lins e Silva. “Esperamos uma posição muito firme por parte do CNJ nessa questão” – disse Faiad.

No pedido de providências, a Ordem sustenta que o Poder Judiciário assumiu a função de cobrar créditos fiscais, com direito a percentual dos recebimentos, como se parte fosse, e que essa “parceria” garantia privilégios nas pautas de julgamento em processos que envolvessem execuções fiscais. Os procuradores tinham a garantia, não concedida aos demais advogados públicos e privados, de manter contato com magistrados, “eliminando-se a burocracia junto às Escrivanias”, que persistia na rotina dos demais operadores do direito.

De acordo com a medida, a Ordem quer conhecer o montante recebido pelo Judiciário Estadual nos 5 anos em que vigorou o acordo – assinado entre o então desembargador José Ferreira Leite e o governador Blairo Maggi sem a devida publicidade. Na reclamação, a OAB observa a inexistência de previsão orçamentária, a forma como tais recursos saíram do Executivo e ingressaram nos cofres do Tribunal, bem como sua destinação.

Além desse tema, considerado polêmico, o CNJ deverá julgar ainda dois procedimentos de Mato Grosso: um relacionado a procedimento de controle administrativo, que trata da desconstituição de ato administrativo do TRT 23ª Região relacionado ao provimento 01/2006; outro refere-se aos juízes substitutos, que assumiram cargos funções desembargadores no Tribunal de Justiça, os chamados “desembargadores-pinguins”.

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