Ao discursar hoje à tarde, na tribuna do Senado, Jaime Campos criticou duramente a falta de investimentos federais na área de infra-estrutura em Mato Grosso. “As obras do PAC são uma mentira. Pelo que vi no folder distribuído pela ministra Dilma Rousseff, nosso Estado terá poucos recursos e as construções previstas ainda nem existem, como é o caso da BR 242, que ainda não foi federalizada e nem sequer possui projeto para sua execução”, reagiu o senador.
A censura ocorreu quando Jaime discorria sobre a crise mundial no abastecimento de alimentos e mostrou Mato Grosso como a principal reserva agropastoril do planeta. Aparteado pelo seu colega democrata piauiense, Heráclito Fortes, que reconheceu a transformação econômica do Estado após sua divisão territorial, o parlamentar não resistiu o adotou uma linha mais contundente:
“Se Mato Grosso recebesse mais investimentos, produziria muito mais.
O senador Jaime Campos, ao apresentar os números da safra regional, não dispensou superlativos e classificou Mato Grosso de maior celeiro agrícola do país. “Isto porque, menos de 30% de nossa área agricultável está ocupada com pastos e lavouras”, ponderou.
Ele também voltou a afirmar, durante seu pronunciamento, que o mundo deve buscar uma maneira de compatibilizar a produção de alimentos com a conservação ambiental. “Se a preservação se impõe como uma premissa ética da humanidade, o combate à fome é igualmente uma questão moral para nossa geração”, argumentou.
O senador também alertou que o crescente aumento no preço dos alimentos pode empurrar mais de 100 milhões de pessoas para a subnutrição e a miséria. “A fome não espera planos mirabolantes ou plataformas miraculosas. Ela existe. Ela não tem misericórdia”, advertiu o parlamentar.