O Ministério Público Eleitoral sugeriu ao juiz Alexandre Elias que ouça o governador Blairo Maggi, o presidente estadual do PR, Moisés Sachetti, e o assessor Adjaime Ramos no processo de infidelidade partidária contra o suplente e ex-secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Carlos Brito, que trocou o PDT pelo Partido da República.
A sugestão consta de um parecer encaminhado na sexta-feira ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em que a Procuradoria Regional Eleitoral manifesta-se pela designação de audiência para que sejam ouvidas as testemunhas arroladas pela defesa. Blairo foi arrolado pelo PR como testemunha de Brito. Moisés Sachetti e Adjaime Ramos foram arrolados pelo próprio suplente, conforme “A Gazeta” já havia antecipado.
O juiz Alexandre Elias, relator do processo, ainda não agendou a data da oitiva. Ele pode rejeitar o parecer da PRE, apesar disso não ser usual no Tribunal Regional Eleitoral. Advogado do PR, Lauro da Mata afirma que, legalmente, a defesa pode desistir do depoimento de Maggi até o dia da audiência.
“Isso depende do requerido (Carlos Brito), mas não houve nenhuma orientação para desistência da oitiva”, afirma Lauro. O advogado do PR diz ainda que Carlos Brito está tranquilo diante do processo porque o entendimento majoritário do TRE é de que não cabe cassação de suplente por infidelidade.