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Eleições na UFMT: Valente diz que houve coação em Sinop

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O professor João Valente, que encabeça a Chapa 2 na disputa pela Reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), considerou “absurda” a decisão da Comissão de Consulta de indeferir, nesta quarta-feira, recurso administrativo que pedia a impugnação de urnas nos campus de Cuiabá, nos campi e em núcleos avançados do Interior, além da anulação de votos em separado. O recurso foi encaminhado à comissão ontem.

Para Valente, houve um flagrante desrespeito à Normatização nº 1, de 17/01/2008, que regulamenta a escolha do reitor e do vice-reitor, considerando que a comissão, formada por professores, técnicos e estudantes, não avaliou com profundidade as pendências geradas em função da disputa do último dia 18. Durante a reunião, a comissão não aceitou, por exemplo, a argumentação da Chapa 2 de que diversas urnas destinadas exclusivamente a professores continham votos de alunos e, portanto, deveriam ser impugnadas.

Os membros afirmaram que a medida foi tomada “para garantir direitos de alunos que requereram o direito de votar e não haviam sido inseridos na lista cedida pela UFMT” e que a inclusão deles foi feita para que não houvesse “prejuízo à dinâmica democrática desta escolha”. A comissão também não aceitou a alegação da Chapa 2 de que houve coação na busca por votos cometida pela Chapa 1, especialmente na cidade de Sinop.

Para João Valente, a avaliação feita pela Comissão de Consulta foi extremamente superficial, considerando que seus membros não conferiram o teor do recurso que a Chapa 2 impetrou. Em função disso, ele deve se reunir, ainda nesta semana, com os apoiadores de sua candidatura para requerer a realização de assembléia conjunta das entidades que congregam os professores (Adufmat), os estudantes (DCE) e os servidores (Sintuf) para discutir a questão.

Nesta quinta-feira (24), às 9h, a Comissão de Consulta volta a se reunir, na Adufmat, para deliberar sobre a fórmula de cálculo dos votos para reitor e vice-reitor.

O recurso

Na terça-feira (22), o professor Ildomar Freitas de Oliveira, representante da Chapa 2 entrou com recurso junto à Comissão de Consulta solicitando a revisão dos dados de apuração da eleição realizada no último dia 18. O recurso administrativo pede a impugnação de dados lançados no mapa, a impugnação de urnas no campus de Cuiabá, nos campi e em núcleos avançados do Interior, além da anulação de votos em separado.

No recurso, Oliveira aponta uma série de irregularidades no processo de apuração e levanta a suspeita de que a contagem dos votos teria sido manipulada no sentido de favorecer a candidata da Chapa 1, Maria Lúcia Cavelli Nedder, apoiada pelo atual reitor Paulo Speller e pelo PT. Com base no Mapa Geral de Apuração, a Chapa 2 aponta diversas incorreções originárias do preenchimento e da contabilização do votos.

No documento, a Chapa 2 cita que não houve justificativa dos votos em separado daqueles que estavam em domicílio diverso do registro, contrariando também o disposto no artigo 60, parágrafo 2º. No teor do que dispõe o artigo 68, verifica-se que os votos computados como válidos não respeitou o Regulamento.

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