Mauro Mendes, PR, será candidato e o deputado federal Valtenir Pereira, PSB, começa a ver fugir de sua alça de mira o sonho de ser o dono da cadeira número 1 do Palácio Alencastro, hoje ocupada por Wilson Santos, PSDB, enquanto Walter Rabello, PP, começa a sofrer derrotas inesperadas. A disputa pela prefeitura de Cuiabá, que prometia ser uma das mais ferrenhas da história política do Estado, deverá ser restrita a embates menos acalorados.
Líder nas pesquisas eleitorais, o deputado-apresentador Walter Rabello deve estar percebendo que em política não basta apenas impor uma popularidade eleitoral. É preciso antes de tudo saber negociar, mostrar a arte de convencer e formar alianças sólidas. Apostou tudo em sua popularidade, na certeza de que o eleitor, principalmente os das classes mais baixas, garantiriam sua eleição. Abandonou o PMDB, um partido forte, para se aventurar no PP, acreditando que só a sua força eleitoral seria o suficiente em uma disputa. Acabou sendo varrido pela auto-confiança. Foi demitido da TV em que trabalhava e, agora, sem espaço para aparecer e obrigado pela Justiça Eleitoral a não mais fazer auto-propaganda, corre o risco de cair no esquecimento rapidamente e despencar nas pesquisas.
Mas, não é apenas Walter Rabello quem está enfrentando sérios problemas na concretização do sonho de administrar Cuiabá. Outros candidatos, também tidos como fortes na disputa, acabaram sendo descartados. O presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Sérgio Ricardo foi um deles. Preterido pela “turma da botina” do governo Blairo Maggi se viu obrigado a sair da disputa. O mesmo aconteceu com laureados parlamentares do PT como o deputado estadual Alexandre César, o deputado federal Carlos Abicalil e a senadora Serys Marli, que perceberam não contar mais com a aguerrida militância e, pior ainda, não ter o apoio de outros partidos tidos como fortes. Preferem apoiar a turma do segundo escalão do partido, que vão apenas surgir como meros coadjuvantes. Vicente Vuolo e o doutor Farina, disputam esta primazia de “figurante”.
Quem também não vai para esta disputa é Totó Parente. Agradeceu o apoio do PMDB, fez biquinho de felicidade, mas preferiu ficar em Brasília, onde trabalha.
Outro que deve sair da disputa nos próximos dias é o deputado federal Valtenir Pereira, do PSB. Ele sonhava com o apoio do PDT e, principalmente, do deputado estadual Otaviano Piveta. Não deverá ter. É que Piveta foi visto semana passada em Brasília, no Dnit – Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre -. Foi se encontrar com o presidente do órgão, o pré-candidato ao Governo do Estado em 2010, Luiz Antônio Pagot. O encontro, foi um convite para que o PDT apóie o candidato do PR, Mauro Mendes à Prefeitura de Cuiabá. Piveta poderá apresentar o candidato a vice.
Sem cacife eleitoral, mas apoiando na classe empresarial e certo de que a simples presença na campanha do governador Blairo Maggi o fará imbatível, o empresário Mauro Mendes, depois de muitas idas e vindas, resolveu que será o candidato do PR. O lançamento de sua candidatura será dia primeiro de maio, Dia do Trabalhador. E o PR já costura o apoio empresarial para convencer a classe trabalhadora a votar em seu candidato.
Enquanto os outros partidos não conseguem definir seus candidatos e políticos com apelo popular começam a sofrer revezes, o prefeito Wilson Santos, PSDB, já vê a chance de vencer a reeleição com mais clareza. Vem trabalhando com calma, armando o seu leque de apoios e poderá ter, nos próximos dias, a ajuda do DEM, que deverá lançar com seu vice, a professora Iracy França, esposa do deputado estadual Roberto França, hoje sem partido. Em contrapartida, Wilson Santos determina que seu PSDB apóie Júlio Campos, para a prefeitura de Várzea Grande