O interesse do PMDB em lançar candidato próprio à sucessão em Cuiabá é motivado pela possibilidade de receber o apoio do PT. A aliança entre os dois partidos na Capital mato-grossense vem sendo conversada, de forma informal, pelos presidentes regionais das duas siglas, respectivamente, os deputados federais Carlos Bezerra e Carlos Abicalil. A união de força entre as duas agremiações poderia transformar o candidato lançado, mesmo sendo um desconhecido, num nome forte.
“Se houver um acordo entre o PMDB e o PT, nesse quadro, posso ser novamente candidato a prefeito de Cuiabá”, afirmou o secretário do desenvolvimento do Centro Oeste do Ministério da Integração Nacional, Totó Parente. Para ele, o candidato que tiver o apoio do presidente Lula de forma explícita será forte em qualquer disputa no país.
Ele confirmou que há uma conversação, ainda preliminar, entre os dois partidos e que poderá haver entendimento se houver, principalmente, interesse das executivas nacionais do PT e do PMDB. Totó Parente disse ainda que vai aguardar o desenrolar das conversações para se posicionar oficialmente. “Confesso que a aliança PMDB e PT me estimula”, ressaltou.
“Eu vou ficar aguardando uma definição, mesmo porque tenho até o dia 04 de junho para me desincompabilizar”, enfatizou. A tendência do PMDB, após a saída do deputado Walter Rabelo, era apoiar a reeleição do prefeito Wilson Santos (PSDB). Mas, de acordo com Parente, as críticas de setores do PSDB, especialmente a Carlos Bezerra, provocaram uma situação de desconforto dentro da legenda.
Apesar de não descartar apoio a reeleição de Wilson Santos, ele considera que hoje é difícil costurar uma aliança. “Se esse acordo com o PT for viabilizado, acredito que o PMDB não deixará de ter candidato próprio”, ressaltou. Para ele, qualquer nome que o partido lançar entra na disputa para ganhar. “O volume de recursos liberados pelo presidente Lula para Cuiabá, mesmo sendo governado pelo PSDB, é muito grande. Imagina se o prefeito for um aliado?”.