O juiz da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, José Pires da Cunha, acatou denúncia de improbidade administrativa formulada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-deputado Ricarte de Freitas (PTB), acusado de envolvimento com o esquema conhecido como máfia das ambulâncias.
Com o recebimento da denúncia, Ricarte, que já é alvo de uma ação penal por causa da ligação com o esquema de superfaturamento do preço de ambulâncias adquiridas a partir de emendas parlamentares, passa a ser réu também em ação de improbidade administrativa que pode lhe custar os direitos políticos.
O recebimento da ação não significa que Ricarte é culpado, mas quer dizer que já existem elementos suficientes para se estabelecer a relação processual. Ricarte nega ter participado do esquema que ficou conhecido nacionalmente e era comandado pela família Vedoin.
Atuando atualmente na iniciativa privada, Ricarte montou um escritório de representação para municípios e empresas em Brasília. Assim como Ricarte, a ex-deputada federal Celcita Pinheiro (DEM) também foi alvo de duas denúncias: uma ação penal e outra administrativa por conta da suposta ligação com os sanguessugas.
Ricarte foi denunciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O ex-deputado teve, durante as investigações da Polícia Federal, interceptações telefônicas grampeadas em que conversa em código com membros da máfia das ambulâncias.