A manifestação que aconteceu hoje, na praça da Bíblia, em Juina, resultou na notificação, pela Justiça, dos representantes das 19 entidades ligadas ao movimento, a pedido do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente- e responsabiliza os manifestantes por qualquer situação anormal ou até incidentes com fiscais que estarão em Juína e outros 18 municípios mato-grossenses vistoriando áreas que foram embargadas devido a aumento nos desmatamentos, baseado nos questionados e criticados dados apontados pelo Inpe.
“Essa notificação é um reflexo da nossa mobilização, que foi pacífica, organizada, com intuito de conscientizar nossa população da real situação”, disse Paulo Perfeito, vice-presidente do Sindicato dos Madeireiros. “É inacreditável, como a Justiça pode acatar esses documentos, sem ter notícias de atos violentos ou algo em comum aqui na cidade. E mais, esses dados do Inpe não tem nada fundamentado e nem aprovado”, lamentou, em entrevista à Rádio Educadora.
Representantes da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e da FAMATO, participaram a tarde de uma reunião com mais de 500 pessoas para esclarecer detalhes do decreto presidencial e sobre o recadastramento. Segundo o presidente da FAMATO Rui Prado, a federação vai entrar com uma ação na justiça esta semana, pedindo a revogação do decreto que embarga as áreas, impede abertura para expansão agrícola ou retirada e madeira, além de obrigar os proprietários a fazerem recadastramento no Incra.