A bancada federal de Mato Grosso, que tem oito deputados e três senadores, gastou mais de R$ 100 mil em fevereiro com uso de verba indenizatória – aquela em que o parlamentar pode ser ressarcido, tais como aluguel, manutenção de escritórios, locomoção, entre outras diretamente relacionadas ao exercício do mandato parlamentar.O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) foi o parlamentar de Mato Grosso que mais excedeu nos gastos: R$ 15,052,26. Agora em março, Bezerra terá que economizar R$ 52,26 para compensar o excesso.
Os gastos do parlamentar federal se deram na seguinte ordem: aquisição de material de expediente, R$ 1.447,66; combustíveis e lubrificantes. Tipo de equipamento: Veículos automotores, R$ 4.500,00; consultorias, assessorias, pesquisas e trabalhos técnicos, R$ 2.800,00; divulgação da atividade parlamentar, R$ 4.000,00; e, locomoção, hospedagem e alimentação, R$ 2.304,60. Detalhe: em janeiro o parlamentar gastou R$ 2.500,00, com combustíveis e lubrificantes e locomoção, hospedagem e alimentação. Nesse período, ele estava de licença de 121 dias. Seu suplente, Victorio Galli, gastou R$ 14.610,60.
O deputado federal Eliene Lima (PP) continua no topo da lista dos que mais usam a verba indenizatória. Gastou, de novo, R$ 15 mil “redondo” – mesmo valor de janeiro quando as atividades parlamentares estiveram praticamente paralisadas. Eliene gastou os R$ 15 mil com Aquisição ou locação de software; serviços postais; ass. publicações; TV a cabo ou similar; acesso à Internet; e locação de móveis e equipamentos, Combustíveis e lubrificantes. Tipo de equipamento: Aeronaves, Consultorias, assessorias, pesquisas e trabalhos técnicos e Divulgação da atividade parlamentar.
Ao todo, foram contabilizados R$ 96.467,41 de gastos da bancada federal. No entanto, na prestação de contas não aparece as despesas dos senadores Jonas Pinheiro (DEM), que faleceu recentemente, e nem da senadora Serys Slhessarenko (PT). No primeiro dia em que o Senado decidiu divulgar os gastos com verba indenizatória, apenas um quarto dos senadores lançaram suas informações, entre eles, o senador mato-grossense. Campos gastou R$ 14.940,48, atingindo praticamente o limite permitido.
Das despesas de Jaime Campos sobressaem locomoção, hospedagem, alimentação, combustíveis e lubrificantes, com R$ 12.551,30. O restante, até o limite de R$ 15 mil, foram gastos com aluguel de imóveis para escritório político, compreendendo despesas concernentes a eles, R$ 765,18; e aquisição de material de consumo para uso no escritório político, inclusive aquisição ou locação de software, despesas postais, aquisição de publicações, locação de móveis e de equipamentos, R$ 1.624,00.
Outro parlamentar que esteve no limite dos gastos com a verba indenizatória foi Pedro Henry (PP): R$ 14.671,79. Locomoção, hospedagem e alimentação foi o principal uso da verba pelo parlamentar progressista, totalizando R$ 10.000,00. Em seguida, aparece o deputado Valtenir Pereira (PSB), que gastou R$ 14.221,43. Completam a relação de gastos: Carlos Abicalil (PT), com R$ 9.158,09; Homero Pereira (PR), com R$ 8.666,37; Wellington Fagundes (PR), com R$ 3.008,80; e Thelma de Oliveira (PSDB), com R$ 1.748,19.