O secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, disse nesta sexta-feira que não arrolou o governador Blairo Maggi como sua testemunha no processo que apura ato de infidelidade partidária. “Basta consultar os autos” – frisou. Na eleição passada, Brito ficou como primeiro suplente do Partido Democrático Trabalhista (PDT). A vaga está sendo requerida pelo segundo suplente, vereador Wilson Kishi, de Cáceres. Segundo o secretário, a sua defesa foi encaminhada pela Comissão Provisória do Partido da República no Estado.
A advocacia do PR também arrolou também como testemunha para a defesa de Brito o 3º vice-presidente do partido, Ajaime Ramos, e ainda o assessor especial do governador Moisés Sachetti, que deverá assumir em breve a direção da sigla no Estado. A defesa foi assinada pelos advogados Lauro da Mata e Nayla Correa Menandro. Em sua resposta no processo, Brito mostrou que não citou nenhuma testemunha. A petição é assinada pela advogada Jaqueline de Oliveira Novais.
Em sua defesa, Brito tenta provar que teve motivos para deixar o PDT. Ele diz ter sido vítima de grave discriminação pessoal. Diz que foi um dos políticos mais votados de Mato Grosso, ficando em nono lugar, não conseguindo a reeleição por causa do sistema de proporcionalidade de votos. Frisou que não obteve na sua busca pela reeleição qualquer
apoio da sigla comandada por Mário Márcio Torres. Com mais de 30 mil votos, o secretário ficou com a primeira suplência do partido, porém, registrou votação superior a muito dos 24 deputados eleitos por causa do cociente eleitoral.