O Tribunal Regional Eleitoral não tem prazo definido de quando os primeiros processos de infidelidade partidária serão julgados pois deve inicialmente ouvir todas as testemunhas arroladas pelos vereadores nos 476 processos. Como cada vereador poderá arrolar até 3 testemunhas, estima-se que mais de mil pessoas serão ouvidas.
O tribunal optou em proporcionar ampla defesa já que o político, depois de cassado, não poderá entrar com recurso. Quem perder o mandato será substituído pelo suplente. A assessoria do TRE esclareceu, ao Só Notícias, que após notificar e ouvir a defesa e testemunhas, esses processos ainda irão para o Ministério Público para emissão de parecer e só depois, caso não necessite de mais nenhuma informação, o relator emitirá o voto e levará a julgamento.
Foram protocolados vários pedidos de cassação de mandato eletivo contra vereadores da região Norte. Em Sinop, Valdemar Junior e Mauro Garcia, que deixaram o PPS e ingressaram no PMDB, alegam justa causa para sair do partido. Em Sorriso, foram denunciados Santinho Salerno, que trocou o PSDB pelo PP; Basílio da Silva que saiu do PSDB e ingressou no PSB; Elso Rodrigues, que saiu do PTB e entrou no PDT e Ederson Dalmolin (Xuxu) que deixou o DEM e ingressou no PDT.
Em Lucas do Rio Verde, a situação também é complicada para o presidente da Câmara, Raimundo Filho, que trocou o DEM pelo PSB e para Elder Biazuz, que foi para o PT. Em Nova Mutum, foram citados pelo TRE o presidente Unírio Schirmer, o Ratinho, que deixou o PPS e entrou no PR; Vicente Paulino Barreiros, que saiu do DEM e ingressou no PPS; Diórgenes Jacobsen (PR); Milton Henrique Carvalho (PMDB) e José Alves de Oliveira (PR).
Os que trocaram de sigla antes de 27 de março estão livres da cassação.