O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa e presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, Sérgio Ricardo (PR) estuda a possibilidade jurídica de assegurar instrumentos para que a Comissão Permanente de Saúde, Seguridade e Assistência Social possam acompanhar e interceder a qualquer momento na área de saúde do Poder Executivo Estadual para se evitar que a situação chegue aos patamares vivenciados pela sociedade de uma maneira em geral.
“Se não houver um controle rigoroso e investimentos maciços não haverá solução para a crise do setor. Um exemplo claro é a questão da dengue que exige investimentos e ações durante os 12 meses do ano e não apenas na época das chuvas; a falta de leitos hospitalares e de UTIs; as intermináveis filas esperando por cirurgias, exames e tratamento; a falta de medicamentos de alto custo entre outras questões que potencializam o caos”, disse o parlamentar republicano.
Sérgio Ricardo chamou a atenção para os levantamentos apresentados pelo colega deputado Dilceu Dal”Bosco (DEM), quanto aos custos de um hospital particular em Sinop, Nortão de Mato Grosso e os custos de um hospital público regional na mesma região. “É um disparate como as coisas são muito mais caras no poder público e menos eficiente” disse ele, defendendo uma montagem de uma força tarefa para acompanhar e poder decidir questões graves da área de saúde.
A CPI da Saúde vai trabalhar durante todo o recesso legislativo levantando dados e ouvindo proprietários de hospitais particulares em busca de modelos que possam servir para que o Estado promova uma saúde de melhor qualidade. “Recursos existem e se não forem suficientes vamos aumentá-los, agora não adianta gastar e fazê-lo de forma errada, porque o povo que paga seus impostos acaba não sendo beneficiado por uma saúde de qualidade”, acrescentou Sérgio Ricardo.
O parlamentar republicano sinalizou que todos os demais membros da CPI coletaram dados em várias regiões de Mato Grosso e que a situação não é diferente, lembrando que em muitas cidades sequer existe atendimento médico público e muitas vezes nem particular, o que sobrecarrega as unidades de saúde da capital do Estado e dos grandes centros onde existem unidades regionais.