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Cuiabá: câmara enterra CPI de suposto superfaturamento

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Depois de um mês de investigação, a Câmara de Vereadores de Cuiabá arquivou a denúncia de superfaturamento de compras com dinheiro público contra o presidente Deucimar Silva (PP). A decisão dos parlamentares pegou de surpresa quem acompanhou as apurações que deveriam se estender por mais dois meses.

A decisão da Câmara acompanhou ontem parecer da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) presidida pelo vereador Paulo Borges (PSDB), que afirma não haver indício de crime que justifique mais investigações mesmo usando apenas um terço do tempo para as apurações. A votação só não foi unânime porque não contou com o voto de Antônio Fernandes (PSDB).

O arquivamento das investigações da CPI nem estava programado para entrar na pauta de votação de ontem da Câmara, mas foi incluído em regime de urgência diante do recesso parlamentar que terá início hoje e vai se estender até 2 de fevereiro. Depois de ser inocentado pelos parlamentares, Deucimar classificou a denúncia como represália de adversários. O presidente foi acusado de superfaturar compra de aproximadamente R$ 60 mil em cartões de visita.

O relator e autor do requerimento para instalação da CPI, vereador Chico 2000 (PR), votou favorável ao arquivamento do caso alegando estar convencido da inocência do presidente. Já Deucimar prometeu processar as pessoas responsáveis pela denúncia. “Um presidente que promoveu a transparência aqui não iria se sujar por causa de cartões de visita. Além do mais, sempre disse que participamos do pregão realizado pela Assembleia Legislativa. Não fomos nós que estipulamos valores”.

Na Câmara, circulam rumores de que a CPI só foi criada porque Chico 2000 não teria convencido a Mesa Diretora a dificultar a cassação de Lutero Ponce (PMDB). Ele nega ter feito qualquer manobra.

 

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