O governador Blairo Maggi (PR) solicitou aos deputados estaduais que o seu salário não sofra correção diante do impacto que isto poderia provocar nas finanças estaduais, já que o salário do chefe do Executivo é o teto de várias carreiras profissionais no governo do Estado.
Blairo Maggi recebe mensalmente R$ 13.050 ou seja, sob esse montante incide descontos de Previdência Social e Imposto de Renda Retido da Fonte. Este mesmo valor é o teto das carreiras do Grupo Tributação, Arrecadação e Fiscalização (TAF) e delegados de carreira, já que os Procuradores do Estado e os Defensores Públicos se desvincularam e passaram a ter como teto salarial o valor do vencimento de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje em R$ 25,6 mil/mês (bruto).
“Não é possível por um simples motivo, por exemplo, a aplicação de R$ 50,00 de aumento no meu vencimento representa R$ 1 milhão por mês no gasto com salários e R$ 12 milhões por ano. Se o aumento for de R$ 100,00, o que representa valores mínimos, o impacto será de R$ 24 milhões por ano, e isso torna a concessão de qualquer benefício como improvável”, disse o governador. Por outro, ele lembrou que continuará respeitando o acordo e a lei já aprovada quanto a correção dos salários dos servidores públicos que tem a data-base em maio de cada ano.
Em 2010, último ano do atual governo, será concedida a reposição da inflação deste ano que deverá ficar em 5% mais 4% de aumento real, como foi neste ano de 2009, mesmo o Estado passado por dificuldades por causa da crise mundial. O Estado consome mensalmente, em média, R$ 182 milhões por mês no pagamento dos salários dos servidores da ativa e os inativos, num montante de pouco mais de 86 mil servidores.
Na semana passada, o Grupo TAF acompanhado do secretário de Fazenda, Eder Moraes, e de deputados estaduais se reuniu com o governador em exercício, Silval Barbosa (PMDB), pleiteando que a atual verba indenizatória de R$ 6 mil que é paga além do salário, fosse incorporada em definitivo ao vencimento-base, e que o teto salarial dos servidores do Fisco Estadual fosse com base no salário do ministro do STF, assim como outras categorias como os desembargadores do Tribunal de Justiça; os membros do Ministério Público Estadual e os conselheiros do Tribunal de Contas.”Sinto, mas não há condições financeiras para falar em correção salarial além do que já foi autorizado em lei”, disse o governador Blairo Maggi.