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Sinop: manifesto na câmara cobra explicação sobre obra de usina e áreas alagadas

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Representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) foram a câmara ontem, para protestar contra a construção de hidrelétrica UHE Sinop, no rio Teles Pires, entre Sinop e Itaúba. Um deles, Luiz Ciro Scopel, disse que o projeto pode ocasionar cerca de 200 km de alagamento, desabrigando aproximadamente 1,1 mil famílias que mora em chácaras e ilhas. “Quem apresentou o estudo para nós diz que a reserva será preservada, mas é mentira porque mais de 12 mil hectares de reserva nativa e de área produtiva serão destruídas com a barragem”, disse Scopel. 

Os manifestantes estenderam duas faixas com os dizeres “queremos explicações sobre a usina de Sinop”, “19,000 ha alagados em troca de que ?”. Os vereadores debateram o assunto no grande expediente. O presidente Mauro Garcia (PMDB) disse que pediu ao secretáriode Meio Ambiente, Rogério Rodrigues, todas as informações sobre estudos que foram feitos para a implantação da usina. “Solicitei no dia 8 de junho ao secretário e verbalmente ele me disse que não tinha nenhum estudo, nenhum documento e até hoje não chegou nada nessa casa de leis”, disse Mauro.

O primeiro secretario, Gilson Oliveira (PP), participou de uma reunião juntamente com o vereador e Jonas Henrique de Lima (PMDB) na prefeitura com representantes de outros setores onde foi apresentado o projeto da usina. “O projeto que foi colocado aquela época estava em fase inicial e muito vago. Eu fico bem tranqüilo quanto a esse assunto porque essa hidrelétrica não sai antes de 2016”, disse Gilson.
 
O vice-presidente, Sérgio Palmasola, defendeu a obra. “Sou favorável pela usina e fui convidado para acompanhar os estudos, mas nada tem pronto até agora e falar sobre o assunto é bater em ferro frio. Esta usina trará benefícios para a região porque ela não existe sem as indústrias, e as indústrias vão sair e o custo de frete vai diminuir em 30%”, disse.

De acordo com  estudo apresentados pela Empresa de Pesquisa Energética, a usina deve ter aproximadamente R$ 2 bilhões em investimentos, gerando 461 Megawats. A área inundada deve alcançar 326 quilômetros quadrados sendo a maior parte em Sinop.

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