O deputado Dilceu Dal’Bosco reuniu-se hoje com o governador Blairo Maggi, o secretário de Saúde Agostinho Moro, e presentou novo modelo de gestão da saúde pública, onde o atendimento deixa de ser concentrado nos hospitais regionais, passando para unidades filantrópicas, através de convênios com os executivos estadual e municipal.
Acompanhado de Wellington Arantes, consultor hospitalar responsável pela assessoria e informatização de 204 Hospitais beneficentes, em diversos estados brasileiros, o deputado comparou os gastos com saúde em unidades filantrópicas e nos hospitais mantidos pelo Estado.
Dilceu apontou que, enquanto o governo destina, em média, R$ 7 mil, para internações no hospital Regional de Sorriso, o mesmo atendimento feito pelo hospital Santo Antonio, unidade filantrópica em Sinop saiu por pouco mais de R$ 1 mil, cada internação. Dilceu afirmou ainda que, 57% dos atendimentos de saúde à população brasileira são feitos por hospitais filantrópicos e privados, enquanto em Mato Grosso é de apenas 6,5%.
“Está provado! Infelizmente, os gastos do poder público com saúde são infinitamente maiores do que os efetuados por unidades beneficentes. Propusemos que o governo ampliasse os convênios com essas instituições, buscando soluções dentro dos municípios, em vez de sobrecarregar diretamente os hospitais regionais”, defendeu o parlamentar.
A descentralização proposta por Wellington Arantes, vai oportunizar o atendimento nas micro-regiões, evitando o que ele classifica como “ambulâncioterapia”, ou seja, o transporte de pacientes até grandes centros. “Com a estruturação das unidades filantrópicas, somente os pacientes de alta complexidade precisariam deslocar-se até os Hospitais Regionais. Isso, por si só, significa economia para estado e prefeituras”, afirmou.
Segundo Dilceu, a ideia foi bem aceita pelo governador e pelo secretário de Saúde, que assumiu o fato de não conseguir avançar na gestão dos hospitais regionais. Blairo Maggi, ainda segundo Dal’Bosco, sugeriu um estudo de viabilidade, que vai começar a ser realizado junto aos técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O projeto piloto, deve começar em Sinop, onde o Santo Antônio assumiria a estrutura do Hospital Municipal, cuja obra, inaugurada em dezembro passado, encontra-se abandonada. “Sugerimos uma mudança gradativa do sistema público de saúde em Mato Grosso. Ela começaria por Sinop, onde a equipe do Santo Antônio ficaria responsável pela estruturação e funcionamento do Hospital Municipal. O estado e município, pela compra de equipamentos. A proposta foi bem aceita pelo governador. Basta agora o convencimento da prefeitura”, finalizou o democrata, que disse acreditar na sensibilidade do novo secretário de saúde do município, Alberto Kinoshita.
(Atualizada às 18:41h)