O deputado federal Homero Pereira (PR) e os senadores senadora Serys Slhessarenko (PT) e Gilberto Goellner (DEM) farão parte da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar denúncias de irregularidades no uso de dinheiro público praticadas pelo Movimento Social de Sem Terra (MST).
De acordo com o deputado, como se trata de dinheiro público, o Congresso Nacional precisa fiscalizar. “É nossa responsabilidade esclarecer os fatos. E acho que é interessante também ao MST dar transparência aos gastos feitos com verba federal. Então acho que não há por que temer essa investigação”, observou Homero.
O vice presidente do Senado, Marci Perillo (PSDB-GO), apresentou os parlamentares membros da CPMI, além do Homero Pereira na Câmara estão Abelardo Lupion (PR) e Onyx Lorenzoni (RS) foram indicados pelo DEM. Pelo PSDB, Bruno Araújo (PE) e Carlos Sampaio (SP).
O bloco composto pelo PSB, PCdoB, PMN e PRB indicou os deputados Julião Amim (PDT-SC) e Manuela D””Ávila (PCdoB-RS). Moreira Mendes (RO) foi indicado pelo PPS. A vaga do PTB será preenchida pelo deputado Ernandes Amorim (RO) e pelo PP foi indicado Nelson Meurer (PR). O PV indicou Luiz Bassuma (BA) e o PT, Jilmar Tatto (SP), Dr. Rosinha (PR) e Geraldo Simões (BA). O P-SOL não indicou representante.
Pelo Senado, os tucanos Álvaro Dias (PR), Arthur Virgílio (AM) e Sérgio Guerra (PB), além de Demóstenes Torres (GO), e Efraim Morais (PB) pelo Democratas, do bloco da minoria.
Pelo bloco de apoio ao governo foram indicados os petistas Eduardo Suplicy (SP) e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Para as vagas do PMDB e PP foram indicados os senadores Almeida Lima (PMDB-SE), Paulo Duque (PMDB-RJ), Gilvam Borges (PMDB-BA) e Lobão Filho (PMDB-MA). O senador Cristovam Buarque (DF) foi indicado pelo PDT e o senador Mão Santa (PI) irá representar o PSC na CPMI. O PTB, com direito a duas vagas, ainda não apresentou os seus representantes.
A CPMI foi motivada pela denúncia veiculada na revista Veja que mostra quatro entidades ligadas ao MST e o uso irregular de dinheiro público repassado pelo governo federal.
Segundo a reportagem, quatro entidades ligadas ao MST movimentaram mais de 350 milhões de recursos públicos de 2003 a 2008. Elas registram movimentações bancárias estranhas, com vultosos saques na boca do caixa, indício de tentativa de ocultar desvios de dinheiro.
O Tribunal de Contas da União já identificou irregularidades como despesas que não existiram justificadas com notas frias.