Agora é oficial, o governador Blairo Maggi (PR) será mesmo candidato ao Senado Federal e vai deixar o Palácio Paiaguás em abril de 2010, no último prazo para desincompatibilização do cargo. A expectativa do PMDB, de ver o vice, Silval Barbosa, assumir a condição de governador terá de esperar. O governador, que por algum tempo chegou a afirmar que não seria candidato a nenhum cargo eletivo nos próximos anos, mas depois da decisão de Mauro Mendes deixar o PR e ir para o PSB com o objetivo de disputar o governo, mudou de idéia, assegurou que nunca pensou em deixar o cargo antes do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral. “Nunca disse que iria deixar o governo no final de 2009. Isso foi uma especulação da imprensa”, garantiu, frustrando os sonhos dos peemedebistas, que queriam Silval no governo, impondo sua marca e, desta forma, aparecendo melhor para a eleição ao governo do Estado.
Ao confirmar a candidatura ao Senado Federal, o governador descartou de vez qualquer possibilidade de assumir um ministério ainda no governo Lula. Disse ainda que vai continuar apoiando o presidente e que dará atenção a candidatura da ministra Dilma Rousseff, mas assegurou que não vai trabalhar em período integral para a ministra. “Sou candidato da minha vida”, brincou. Com índices de aprovação que superam a casa dos 70% em pesquisas divulgadas por diferentes institutos, a leitura geral no meio político é de que Maggi partirá para uma disputa ao Senado sem dificuldades. Ele acredita ainda, que esta gordura política poderá ser fundamental ainda para a vitória de seu candidato ao governo do Estado, hoje o vice-governador Silval Barbosa, bem como a maioria dos deputados federais do PR e do grupo de aliança, além da Assembléia Legislativa.
Ontem, na capital, Blairo rebateu críticas do prefeito Wilson Santos que o Estado não estaria fazendo sua parte na área de saúde pública. O governador considerou as criticas com foco no processo sucessório de 2010 e que não considera Wilson preparado para ser governador: “Só acho que quem não dá conta não pode pensar em coisas maiores”, rebateu Blairo, acrescentando que não deve ser jogado para o Estado o que ë de responsabildiade dele (Wilson)”.