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Aliados de Deucimar se reúnem em busca de reaproximação

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O grupo de 10 vereadores ligados ao presidente da Câmara de Cuiabá, Deucimar Silva (PP), se reuniu na última sexta-feira na tentativa de se reaproximar. A ala majoritária no Legislativo foi fundamental na eleição do presidente, mas se dispersou nos últimos meses devidos aos embates internos.

O encontro do grupo dos 10, como é chamado, ocorreu em uma peixaria na comunidade tradicional de Bonsucesso, em Várzea Grande. A oposição ligada ao ex-presidente Lutero Ponce (PMDB), que responde a um processo por suposta ligação com fraude em licitações, ficou preocupada com a reunião, já que o processo do peemedebista que é o maior adversário de Deucimar ocorreu há poucos dias antes do julgamento de Lutero.

Lutero deve ser julgado até o dia 17 de novembro, quando vence o prazo para a comissão processante que investiga o parlamentar apresentar o relatório para julgamento no plenário da Câmara. O ex-presidente deixou para hoje a apresentação da defesa final diante do processo que responde por suposto envolvimento com fraudes em licitações que teriam movimentado R$ 7,5 milhões. Esse é o último dia permitido pela Comissão Processante para o parlamentar se defender.

De acordo com o advogado Paulo Taques, responsável pela defesa de Lutero, será usado integralmente o tempo para apresentação das alegações finais porque muitos documentos ainda estão sendo analisados. A grande maioria se refere aos depoimentos prestados pelas testemunhas nas duas últimas semanas.

Além de sugerir a absolvição do ex-presidente que comandou a Câmara nos anos de 2007 e 2008, a defesa de Lutero deve sustentar a nulidade do processo por conta da suposta perseguição do atual presidente, Deucimar Silva.

O grupo ligado a Deucimar entende que, para cassar Lutero, são necessários apenas 10 votos, assim como ocorreu na perda de mandato do polêmico Ralf Leite (PRTB), preso em atos libidinosos com um travesti menor de idade. Parte da Comissão Processante, no entanto, defende que o quórum seja de 14 dos 19 votos. A maioria ligada a Deucimar, porém, deve vencer o embate que será feito também para escolha de sessão aberta ou fechada para julgamento do ex-presidente.

 

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