O secretário-Chefe da Casa Civil e de Comunicação do Estado, Eumar Novacki, classificou como absurdas as afirmações do deputado Percival Muniz (PPS) de que o Palácio Paiaguás tenha tentado vetar sua indicação para a presidência da CPI da Saúde.
Segundo a Casa Civil, não há e nunca houve qualquer tipo de ingerência na composição da CPI da Saúde. Eumar Novacki ressaltou, por meio da assessoria, que o Palácio Paiaguás não interfere, e nem tem legitimidade para isso, nas questões relativas as demais poderes.
Percival Muniz é o autor do requerimento da CPI, que foi aprovado com 12 assinaturas na Assembleia Legislativa. Além dele e do deputado Antônio Azambuja, os demais membros titulares da CPI não assinaram o requerimento de abertura da Comissão. Apesar de ser o autor, Percival não registrou o pedido. O deputado Sérgio Ricardo pleiteou a presidência. Agora a questão será decidida por meio de voto.
O deputado Percival assegura que o colega de Parlamento Mauro Savi foi enviado pelo governador Blairo Maggi (PR) para convencê-lo a abrir mão da presidência da CPI. "O Mauro Savi se reuniu comigo ontem (na terça-feira) e colocou que meu nome é vetado por Blairo", comentou Percival. De acordo com o deputado, o Palácio diz que ele é "muito independente".
Percival Muniz diz que não abre mão da presidência da CPI, e argumenta que sua indicação está respaldada no artigo 378 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, que, automaticamente, assegura a presidência ao autor do requerimento.
Os deputados titulares da CPI da Saúde se reúnem hoje, às 10 horas, na Assembleia Legislativa, para escolher os nomes que vão ocupar a presidência, o cargo de vice e de relator.
Os titulares da comissão são os deputados Sérgio Ricardo (PR), Chica Nunes (DEM), Wallace Guimarães (PMDB), Antônio Azambuja (PP), além do autor do requerimento.
Os suplentes são os deputados Alexandre César (PT), Mauro Savi (PR). Adalto de Freitas (PMDB), José Domingos Fraga (DEM) e Maksuês Leite (PP).