O fechamento das prefeituras mato-grossenses hoje é um movimento justo e providencial, em decorrência da grave situação financeira vivida pelos municípios brasileiros. A declaração foi feita hoje pelo prefeito Wilson Santos. "É um movimento correto, pacífico, democrático, para chamar a atenção do governo federal. O Municipalismo está completamente falido no país. Enquanto a União fica com 64% de todo o bolo tributário, os Estados ficam com 22% e os municípios apenas com 14%. E todo mês têm atribuições novas aos municípios", explicou ele.
Nos países desenvolvidos, salienta o prefeito cuiabano, os municípios chegam a ficar até com 50% de todo o bolo tributário. "É no Município que o cidadão mora, vive, trabalha e exige serviços. Este movimento desencadeado nacionalmente é mesmo oportuno, na minha avaliação. Principalmente pelo fato de que acontece durante um ano de crises, em que os municípios estão perdendo muito (FPM). Trata-se de um grito de alerta providencial e que exige reflexão imediata da União sobre o desmonte progressivo que se anuncia em grande parte dos municípios brasileiros".
Vários prefeitos de Mato Grosso também se manifestaram favoráveis ao movimento nacional que qualificam como "tentativa de salvamento dos municípios". A queixa geral dos prefeitos se prende à perda acentuada de receitas e crescimento monstruoso dos encargos que os municípios arcam mensalmente perante a União. Isso tem "engessado" muitas administrações país afora, pois não sobra recursos para investimentos próprios eou sequer para custeio básico, apontam os prefeitos.