As empresas executoras de obras e serviços para a Copa do Mundo de 2014 devem empregar no mínino 70% dos trabalhadores residentes em Mato Grosso. A iniciativa, do deputado Antônio Azambuja (PP), consta em um projeto de lei que está tramitando na Assembleia Legislativa.
De acordo com o parlamentar, a proposta tem como objetivo estabelecer a obrigatoriedade de as empresas contratadas pela Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa) utilizar mão-de-obra mato-grossense.
"O governo, por meio da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social, está investindo aproximadamente 2 milhões de reais na qualificação dos profissionais de diversas áreas. Isso fortalecerá a economia do Estado, com a geração de empregos e conseqüente melhoria da qualidade de vida da população", destacou o Azambuja.
A Copa do Mundo, segundo o progressista, trará investimentos que vão beneficiar todos os municípios envolvidos com o evento futebolístico. "Os lucros devem ficar e ser investidos em Mato Grosso", disse Azambuja.
A comprovação de que os trabalhadores são de Mato Grosso, segundo Azambuja, será feita por meio da apresentação de cópia de contas de energia elétrica, ou água ou de telefone, que devem conter o nome do trabalhador, da esposa, do pai ou da mãe. Pela proposta, as empresas, sempre que solicitado por qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Direta e Indireta, devem apresentar a comprovação de residência dos trabalhadores contratados.
O parlamentar afirma em sua justificativa, no projeto de lei, que a proposta vai inibir o êxodo de trabalhadores de outros Estados para Mato Grosso. "Quando um município recebe de forma desordenada um grande número de pessoas, as conseqüências são graves, pois não há infraestrutura para recebê-lo. Isso acarretará em aumentando de favelas, de invasões de terras e de lotes urbanos", afirmou Azambuja.