O presidente Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, confirmou ontem a decisão anunciada, no último dia 25, ao Só Notícias: não deixará o cargo para ser senador por 120 dias, na vaga de Jayme Campos. Com isto, perde a primeira suplência, que passa a ser ocupada por Osvaldo Sobrinho, secretário de Governo em Cuiabá.
Pagot conversa, neste final de semana, com o governador Blairo Maggi, em Rondonópolis, sobre os desdobramentos políticos de sua decisão. Alimentado principalmente por setores do Partido da República que viam na possibilidade de assumir a vaga de senador uma forma para corrida sucessória do próprio Blairo Maggi em 2010, Pagot foi obrigado a reconhecer que foi chamado pelo senador Jaime Campos (DEM), que lhe comunicou a decisão de sair de licença e em nenhum momento ele próprio teria pedido para que Jaime permanecesse enquanto ele não pudesse assumir por causa das questões estratégicas do Dnit.
Mesmo assim, um enviado foi mandado, logo após a conversa e o anúncio da licença para conversar com o senador democrata e tentar demovê-lo, pelo menos por enquanto para resguardar a suplência de Pagot, que sempre teve conhecimento de que se não assumisse perderia a condição de suplente, já que na questão dos senadores, o eleitor vota numa chapa pronta e acabada de um titular e dois suplentes, o que não ocorre nos demais casos como deputados federal e estadual, onde o seguinte mais votado na coligação ou partido que é quem assume a vaga e o mandato quando há vacância.
O certo é que Luiz Antônio Pagot não quis se indispor perante possíveis e importantes aliados, tanto que preferiu permanecer no Dnit e abrir mão da suplência apostando na possibilidade de estar não apenas num eventual novo governo do grupo liderado por Blairo Maggi a partir de 2011, mas também na possibilidade de acompanhar a ministra Dilma Roussef numa eventual continuidade do governo do PT frente ao Brasil.
Com nome sempre cotado para participar da coordenação de campanha eleitoral, Pagot se fortalece e tem chances de permanecer em funções estratégicas de Brasília.