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PF Mato Grosso pode ter grampeado secretário de ministério

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O secretário-executivo do Ministério das Cidades, o mato-grossense Rodrigo Figueiredo (PP), poderá ter atos relacionados as obras de saneamento do PAC em Mato Grosso investigados. A justiça descobriu irregularidades na licitação e mandou prender 11 empreiteiros e servidores das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. Os recursos para as obras foram destinados pelo governo federal.  A Folha de São Paulo aponta que as investigações chegarão também a dois deputados federais do PP de Mato Grosso.

Até agora, os diálogos telefônicos contidos nas primeiras sentenças da Operação Pacenas, são de empreiteiros e servidores das duas prefeituras. Mas, a Polícia Federal pode ter grampeado também o secretário Rodrigo Figueiredo.
Só Notícias teve acesso ao despacho do juiz Julier da Silva que determinou o sequestro dos recursos pagos para as empreiteiras. Na sentença, Julier aponta as evidências e constatações das irregularidades nas licitações para as empreiteiras de Mato Grosso vencerem a licitação e sua decisão para sequestrar os recursos e cita que houve diálogos mencionando o secretário do Ministério das Cidades:  “Insta ressaltar ainda que, embora a maioria das citações acima utilizadas a fim de demonstrar o funcionamento do esquema criminoso envolva diálogos entre os empresários responsáveis pelo CONSÓRCIO CUIABANO e os dirigentes do SINCOP e SINDUSCON, além dos servidores públicos diretamente ligados à coordenação do procedimento licitatório, há toda uma rede de pessoas (sócios e funcionários e terceiros interessados) que dava suporte ativa e conscientemente aos primeiros. São eles: os demais empresários que pretendiam participar da licitação, e que receberam “incentivos” para desistir do certame, bem como outros servidores e terceiros que de, alguma maneira, tinham conhecimento e/ou influíam na concorrência, seja através de seus conhecimentos técnicos, seja por meio de influência política ou social. Tanto é que constam dos autos, diversos diálogos firmados por RODRIGO DE FIGUEIREDO (Secretário Executivo do Ministério das Cidades e responsável pelo repasse de verbas federais aos Estados e Municípios); BENEDITO FIGUEIREDO (Presidente do Departamento de Águas e Esgotos de Várzea Grande); OROZIMBO JOSE ALVES NETO (Secretário de Obras da Prefeitura de Cuiabá), FLORENTINO ALBANO BEZERRA (engenheiro da Construtora Três Irmãos) e JOÃO DE SOUZA VIEIRA (Presidente da Agência de Habitação da Prefeitura de Cuiabá)”, sentenciou Julier.

O secretário Rodrigo Figueiredo considerou “despropositada” a notícia do jornal paulista e que “obedeceram rigorosamente a lei e a boa técnica administrativa”. E considera que “qualquer ilação em torno de seu nome com o caso, não passa de conjecturas irresponsáveis e com conotação política”.

 

 

 

 

 

Nas gravações feitas pela Polícia Federal e enviadas para a justiça, que resultaram nas prisões de 11 empreiteiros e servidores das prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, há

 

Em nota na coluna política “Painel”, a Folha de São Paulo cita que a Operação Pacenas deverá avançar sobre deputados federais de Mato Grosso, especialmente do PP, dizendo que eles, juntamente com o secretário-executivo do Ministério das Cidades foram os responsáveis por negociar recursos da ordem de R$ 400 milhões para obras no Estado. O jornal matutino ressalta ainda que a Operação Pacenas, ao chegar a Brasília, vai ganhar a mesma dimensão que ganhou a “máfia dos sanguessugas”, que também tinha sua principal articulação em Mato Grosso. O secretário Rodrigo Figueiredo não foi localizado para falar sobre a notícia veiculada pelo jornal paulista.
 
Confira a íntegra da nota:
“Inicialmente restrita às fronteiras de Mato Grosso, a Operação da Polícia Federal batizada de Pacenas, que no início desta semana prendeu 11 pessoas suspeitas de integrar um esquema de fraudes em licitações do PAC, avançará sobre deputados federais do Estado, especialmente do PP.  A investigação também chegou à porta do gabinete do secretário-executivo do Ministério das Cidades, pasta controlada pelo PP.  O matogrossense Rodrigo Figueiredo foi responsável por negociar recursos que somam R$ 400 milhões para obras no Estado.  ´Não é exagero dizer que, quando chegar a Brasília, a operação ganhará a dimensão da máfia dos sanguessugas´, afirma um dos envolvidos na apuração do caso”.

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