O presidente afastado da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, fez ataques duros, agora há pouco, ao juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal, que lhe afastou da presidência da entidade sob acusação de cometer atos coatores contra outro advogado e por "claro sinal" que Faiad usou de manobras jurídicas para evitar a conclusão do referido processo na justiça estadual. Faiad chamou o magistrado de “irresponsável”, “incompetente” e enfatizou que a decisão está coberta de erros e ilegaldade. “Isso apenas vem a demonstrar a ganância que esse juiz tem em querer aparecer na mídia. Atitude que, inclusive, já foi tratada no âmbito da corregedoria e pela qual ficou proibido de dar declarações sobre os procedimentos que julga”, lembrou. Ele atribuiu o comportamento ao fato do juiz ter ser nome constantemente sendo paparicado para disputar o governo ou mesmo ao Senado Federal.
No ataque, o presidente afastado da OAB informou que o juiz federal é o magistrado que mais sofre representações por parte da ordem por causa de seus atos discricionários e afronta às prerrogativas dos advogados. “Por sorte, como todas as decisões dele, esta é mais uma que será revogada em 24 ou 48 horas” – previu. Em função disso, Faiad disse acreditar que o magistrado federal tenha se aproveitado da representação do advogado Fernando Henrique Nogueira para “expressar todo seu ódio contra a minha pessoa: ele até hoje não engoliu o “Tchau Julier”. E eu repito: “Tchau Julier”.
Ladeado de advogados, dirigentes de comissões e da Executiva da Ordem, além de conselheiros estaduais e conselheiros federais, Faiad expôs que a legislação estabelece que somente o Conselho Federal da OAB, com sede em Brasília, pode afastar um presidente da Ordem de suas funções. “Por isso eu disse. Ele não tinha competência para analisar o pedido. Ele é incompetente” e acrescentou que o juiz extrapolou as funções
Outro lado:
O juiz Julier da Silva foi procurado, por Só Notícias, para se posicionar sobre as críticas de Francisco Faiad. A assessoria de imprensa da Justiça Federal informou que ele "não vai se pronunciar sobre o caso".