O PDT de Mato Grosso vai perder um grupo de mais de 100 filiados de uma só vez. Pelo menos essa é a intenção do ex-secretário de Cultura de Cuiabá, Jurandir Antonio Francisco, que vai sair do partido e pretende levar um grande grupo consigo. De início, a desfiliação está prevista para o dia 15 de agosto. Ele está conversando com os filiados, explicando seus motivos e preparando a documentação. Se der tudo certo, no dia 18 de agosto o grupo se filia ao PSDB, a convite do ex-senador Antero Paes de Barros.
Jurandir se diz descontente com o PDT, partido no qual está desde 2000, depois que deixou o PPS. Ele conta que há pouco espaço para seu grupo militante e que as lideranças da sigla, o presidente Mário Marcio Torres e o deputado estadual Otaviano Pivetta, vivem em eterno duelo, “gastando toda a energia do partido em briga”. O ex-secretário de Cultura destaca que o PDT tem quadros importantes que querem participar do processo político. E como ele acha que as brigas não vão acabar “nos próximos 50 anos, já que Mário Márcio dirige a sigla há 30 anos”, ele avaliou a situação e decidiu aceitar o convite.
Outro nome conhecido que sair do PDT junto com Jurandir Francisco é o diretor do Procon de Cuiabá, Ricardo Siqueira. Ele garante que deve se desfiliar um grupo de aproximadamente 120 pessoas. “Vamos levar quantos pudermos, estamos fazendo um trabalho de conversação e explicação dos motivos”.
Mas mesmo dizendo que o PDT tem bons quadros, Jurandir afirma que, em princípio não há qualquer candidato nesse grupo, mas convites estão sendo feitos a pré-candidatos. Ele frisa já ter conversado com dirigentes do PDT, mas a decisão é irreversível.
Jurandir diz que não vai se desfiliar do PDT e se filiar no mesmo dia ao PSDB porque não é possível. Ele quer evitar questionamento futuro de dupla filiação. Frisa ainda que a documentação exigida para oficializar a desfiliação é exagera.
Outro lado O presidente do PDT estadual, Mário Márcio Torres, foi procurado por telefone, mas não foi localizado para falar do assunto.