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Carlos Bezerra lidera gastos com verba indenizatória

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O deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), da bancada de Mato Grosso, foi o que apresentou o maior volume de gastos, no primeiro semestre deste ano, que serão ressarcidos com a verba indenizatória de R$ 15 mil mensais a que cada parlamentar tem direito na Câmara dos Deputados. De acordo com os dados disponibilizados pelo site da Câmara na internet, no portal da Transparência, Bezerra gastou de janeiro a julho um total de R$ 101,721 mil. Seus maiores gastos foram com o item "locomoção, hospedagem e alimentação", que é uma despesa exclusiva do primeiro semestre. Outros da bancada gastaram menos.

Em quatro meses, janeiro, fevereiro, abril e junho, o peemedebista ultrapassou o limite de R$ 15 mil nas notas apresentadas. Quando isso acontece, o parlamentar fica com débito para a cota do mês seguinte. Ou, ao contrário, se gastar menos, fica com crédito. Fevereiro foi o mês no qual Carlos Bezerra mais apresentou gastos, fechando em R$ 18,553 mil. Neste mês, especificamente, foram R$ 9,764 mil somente com locomoção, hospedagem e alimentação. Em abril, as despesas com esse item foram um pouco maiores, de R$ 9,930 mil. Mas em um único mês também, o de junho, o peemedebista declarou ter gasto R$ 11,500 mil com divulgação da atividade parlamentar.

Na contramão disso, o deputado mato-grossense que apresentou menos despesas para serem ressarcidas foi Wellington Fagundes (PR). Em todos os primeiros sete meses do ano ele declarou gastos de apenas R$ 28,910 mil. O maior valor apresentado pelo republicano para indenização foi de R$ 7,2 mil, no mês de abril. Mas não significa que o deputado não teve gastos com sua atividade de parlamentar. Ele frisa a dificuldade em documentar tudo e fazer a prestação de contas detalhada. "É comum na correria a gente deixar de pegar a nota fiscal". Nesses casos, não há como pedir o ressarcimento. Fagundes prefere ficar sem a indenização do que ser penalizado depois por uma prestação de contas incompleta. Segundo ele, é preciso praticamente um contador para cuidar só dessa questão e evitar aborrecimentos. Os critérios são complicados, diz ele. Fagundes observa ainda que hoje, mesmo com os gastos estando dentro da legalidade, dependendo do tipo da nota apresentada o parlamentar recebe críticas.

Outro lado – O deputado Carlos Bezerra foi procurado para falar do assunto, mas não retornou as ligações apesar dos recados deixados nos escritórios de Brasília, de Cuiabá, e com assessores.

 

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