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Jayme insiste para lideranças do DEM se afastarem do governo

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 relação entre Democratas, o Partido da República  e o governador Blairo Maggi está desfeita. O senador Jayme Campos, nome indicado pelo partido para ser candidato ao Governo do Estado em 2010, anunciou nesta sexta-feira, durante reunião do partido, que vai procurar o PP e o PSDB para firmar entendimentos para a sucessão do ano que vem. “É duro fazer jogo com carta marcadas” – disse o senador, em diversos ataques diretos a articulação do Governo e também diretamente ao governador Blairo Maggi, principal entusiasta da candidatura do vice-governador Silval Barbosa, do PMDB, ao Governo. Ele disse disposto até mesmo apoiar eventuais candidaturas de Wilson Santos, atual prefeito de Cuiabá, ou de José Riva, presidente da Assembléia Legislativa.

Jayme Campos queixou-se muito. Ele disse que o partido vem sendo tratado pelo governador Maggi como “mercadoria de quinta categoria”. Disse que raramente o DEM é chamado para discutir aspectos relacionados a condução política do Estado e  reclamou que o partido sequer é mencionado por Maggi ou membros da primeira linha do Governo. “Estão substimando o nosso partido” – disse, ao destacar que a sigla deverá atingir no final do ano 65 mil filiados no Estado e vai para a eleição de 2010 com 10 candidatos a deputado federal e 30 a deputado estadual. “Vai quebrar a cara quem nos substima” – vaticinou o líder democrata.

Já não é de hoje que as relações entre Democratas, o Governo, o governador Blairo Maggi e o senador Jayme Campos estão prá lá de apodrecidas. Apesar do DEM estar nas duas eleições do governador, os membros da sigla sempre demonstraram certo descontentamento com o que chamam de tratamento auferido pelo Governo. A crise só não é maior porque, inteligentemente, Maggi utilizou-se da estratégia de capitular a seu favor a bancada democrata na Assembléia Legislativa. A ponto de o deputado Gilmar Fabris ser um dos mais devotos defensores do Governo. Fabris era velho colador de cartaz da Jayme Campos e Júlio Campos.

Os conflitos começaram ainda na definição do quadro eleitoral de 2006. Fontes garantem que o governador nunca “engoliu” o desejo do então senador Antero de Barros em deixar a candidatura ao Senado para ser candidato ao Governo. Para ele, essa mudança de planos teve digitais de Jayme Campos, que disputou a eleição ao Senado sem grandes adversários. De seu turno, Campos não conseguiu digerir o fato de o Governo nunca ter dado o espaço que necessitava para trabalhar seu nome. Há anos o senador democrata cultiva o projeto de retornar ao Governo do Estado. Ao contrário, o Partido da República de Maggi decidiu fortalecer-se com as eleições municipais, impondo uma derrota a sua família na principal base eleitoral,  Várzea Grande, com a reeleição de Murilo Domingos contra o seu irmão Júlio Campos.

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