A Polícia Federal confirmou, agora há pouco, que foram presos hoje, na Operação Pluma, dois coronéis da PM de Mato Grosso, dois majores, um capitão e um subtenente da reserva, por ordem judicial, na Operação Pluma. Eles permanecerão sob guarda do comando geral da Polícia Militar que se encarrega da guarda e apresentação deles para depoimentos e audiências, de acordo com o artigo 295 do Código de Processo Penal. Dos 18 mandados de prisão, 15 foram para Mato Grosso e 13 acabaram sendo cumpridos. Dos 12 civis com prisão decretada, 6 estão foragidos. De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Oslain Campos, os oficiais da PM são acusados de receber R$ 5 milhões em propinas dos envolvidos em grilagem de terras do governo e de particulares, fraudes de títulos, tentativa de homicídios. O juiz federal Julier da Silva mandou prender, atendendo pedido do procurador Mauro Avelar, o ex-comandante geral da PM Adaildon Evaristo de Moraes Costa, o coronel Elierson Metello de Siqueira, comandante da PM em Tangará e que comandou a corporação em Sinop, os capitães Robson Oliveira Curi e Antonio de Moura Neto, além do major Wlamir Luis da Gama Figueiredo. O ex-prefeito de Porto Alegre do Norte Luiz Carlos Machado também foi preso. Outra acusada é Maria Elizabete G. Carvalho, do cartório de São Félix do Araguaia.
O superintendente da PF em Mato Grosso, Oslain Santana, concedeu entrevista coletiva, esta tarde, juntamente com o comandante geral da PM, Antonio Campos Filho. A PM informa que, na próxima segunda-feira, requisitará junto a Justiça Federal cópia da documentação sobre a Operação Pluma, desencadeada pela Polícia Federal que resultou na emissão de seis mandados de prisão temporária contra oficiais da PM, acusados de prática de pistolagem, grilagem de terras entre outros crimes. O material será encaminhado para a Corregedoria da Instituição. O comandante geral informa que a detenção de um tenente-coronel são absolutamente inverídicas.
As áreas onde havia falsificação, grilagem e homicídios fica no Vale do Araguaia – Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, Confresa, Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Alto Boa Vista e São Félix do Araguaia, entretanto, também contribuíram para o fomento das atividades criminosas empresários e pistoleiros do Estado de Goiás e financiadores do Distrito Federal, todos interessados nas vastas e producentes áreas de terra da região.
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