O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá Lutero Ponce de Arruda (PMDB) já está em condições novamente de entrar na cidade. O juiz José Arimatéria Neves, da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado, revogou o pedido de prisão temporária decretada contra o vereador. Arimatéria foi quem havia determinado a prisão de Lutero, com base em pedido formulado pela Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes contra a Administração Pública. A informação sobre a decisão do juiz foi dada pelo advogado Paulo Taques.
Lutero teve sua prisão decreta depois que a Fazendária confirmou a existência de um esquema fabuloso de fraude à licitação pública, que teria desviado em torno de R$ 7,5 milhões da Câmara Municipal no período de dois anos em que Lutero foi presidente. Além do ex-dirigente, mais 10 pessoas ligadas a gestão de Ponce de Arruda tiveram pedidos de prisão decretadas pelo juiz. Dessas, apenas dois empresários foram presos. Os demais conseguiram fugir, incluindo o próprio Lutero.
Pela manhã, Paulo Taques informou que iria entrar com pedido de habeas-corpus, com base no fato de o vereador ter residência fixa. Ele também observará que o próprio vereador peemedebista havia encaminhado ofício aos delegados que investigam o desvio de dinheiro na Câmara, se colocando a disposição para ser ouvido. Taques negou que Lutero estivesse foragido. A prisão foi decretada no domingo a tarde e já pela manhã o vereador não foi localizado – o que se supõe a possibilidade de vazamento da informação.