O nome do vereador Lutero Ponce de Arruda (PMDB) está entre os 11 que tiveram prisão preventiva ou temporárias decretadas pelo juiz José Arimatéia Fernandes, da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado. Os pedidos de prisões e de busca e apreensão de documentos foram solicitadaspela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública., que investiga a gestão do ex-dirigente do Legislativo Cuiabano, a partir de auditoria interna que constatou um “rombo” na ordem de R$ 3 milhões em dois anos. Entre os quais, inúmeros casos de fraudes em licitação.
Ainda não se sabe se a Polícia conseguiu a prisão de Lutero. Para cumprir o mandato de prisão, a Polícia Judiciária montou a Operação Crepúsculo”, desencadeada pela manhã. Ao todo, foram decretadas 10 prisões temporárias e uma preventiva. O juiz Arimatéria Neves ainda determinou 13 buscas e apreensão. Os resultados da operação deverão ser divulgados a partir das 15 horas pelos delegados envolvidos na operação. Segundo as primeiras informaçõs, 14 delegados foram convocados.
Os desvios na Câmara na gestão de Lutero, de acordo com a auditoria interna, podem passar de R$ 3 milhões. Além disso, auditoria interna da Câmara mostrou licitações feitas através de cartas-convite, que somaram um total de R$ 2,5 milhões com diversas falhas, superfaturamentos em compra de materiais, má aplicação do dinheiro público e aquisição de bens impróprios às atividades desenvolvidas pela Câmara.
De acordo com relatório, a gestão de Ponce contratou empresas totalmente irregulares às exigências do processo de licitação, como empresas de fachada, fantasmas, mais de uma empresa constando em um mesmo endereço ou empresas abertas apenas seis meses antes de iniciar o processo de licitação. Além disso, em 44% das 38 licitações feitas em 2008 somente nove empresas foram convidadas a participar, e forneciam bens e serviços diferentes às suas especialidades.