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Justiça federal de MT condena 5 no caso sanguessuga

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A Justiça Federal de Mato Grosso condenou cinco pessoas por envolvimento com a "máfia das ambulâncias", um esquema que fraudava licitações de equipamentos hospitalares, que foi desmontado pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga (2006). A informação é do jornal "Folha de S.Paulo". Entre os condenados estão uma ex-funcionária dos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, um contador, uma ex-assessora parlamentar e dois empresários. As sentenças variam de um a quatro anos de prisão, que podem ser convertidas em prestação de serviço e multa. A sentença foi proferida pelo juiz Jefferson Shcneider, da 2ª Vara.

Uma das condenadas, Maria Estela da Silva, era a responsável por "operacionalizar a fraude" nas compras feitas pelos municípios, segundo a Procuradoria. Ela foi beneficiada com o advento da "delação premiada" ao apontar nomes de prefeitos e congressistas que teriam contato com a quadrilha. Ela era subordinada a Luiz Antônio Trevisan Vedoin e orientava os servidores municipais e prefeitos a como proceder no direcionamento do processo licitatório. Maria Estela teve reduzida em dois terços a pena original de três anos de prisão – que foi ao final convertida em prestação de serviços a uma entidade filantrópica de Cuiabá.

Foram condenados também a ex-assessora parlamentar Tereza Norma Rolim Félix, que trabalhou no gabinete do ex-deputado federal Ricardo Rique (PL-PB). Manoel Vilela de Medeiros, que, segundo a Procuradoria, se tornou sócio de empresas "que foram utilizadas para fraudar licitações"; o empresário Aristótles Gomes Leal Neto, acusado de ceder um empresa em seu nome para simular licitações promovidas pelo esquema, e o contador Bento José de Alencar. Todas as sentenças são passíveis de recurso, informa a "Folha".

Entre os primeiros condenados não estão os empresários empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, apontados como chefes do esquema, nem prefeitos ou as dezenas de congressistas e ex-congressistas denunciados pelo Ministério Público Federal por suspeita de receberem propina para favorecer a suposta quadrilha. O escândalo, que estourou em 2006, tem entre seus principais envolvidos os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues.

Na semana passada, outras dez pessoas foram denunciadas – desta vez pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) – por crimes decorrentes do esquema da máfia dos sanguessugas. Os denunciados são três ex-prefeitos do município de Januária – Josefino Lopes Viana, Valdir Pimenta Ramos e João Ferreira Lima -, os à época funcionários da administração municipal Roberto Lima Neves, José Wellington Gonçalves Dias, Nair Guedes Carvalho e Dilma Glória Ferreira Ramos; e os empresários proprietários da Planam/Frontal Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Darci José Vedoin e Ronildo Pereira de Medeiros.

Segundo a Polícia Federal, a organização negociou o fornecimento de mais de mil ambulâncias em todo o País. A movimentação financeira total do esquema seria de cerca de R$ 110 milhões, tendo iniciado em 2001. Na operação foram presos assessores de deputados, os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues, funcionários da Planam e a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino. O grupo ficou conhecido como a "máfia das ambulâncias" ou também "máfia dos sanguessugas".

 

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